Janeiro é um mês crítico para o banco de sangue

O Serviço Social da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Seconci), em parceria com o Hemocentro de Goiânia, realiza no dia 26 uma campanha de doação de sangue na porta da entidade, na Rua C-136, nmo Jardim América. A preocupação da entidade é que o Hemocentro tem capacidade para armazenar 1800 bolsas de sangue e atualmente conta com apenas 220.

O diretor administrativo Arione José de Paula disse que os meses mais críticos do ano são janeiro, fevereiro, julho e dezembro por causa das férias e festividades.
“Nesses meses de descanso a quantidade de doadores diminui, mas a demanda aumenta e muito. Pois nesses quatro meses as pessoas estão mais propícias a pegarem estrada, se embriagam e consequentemente sofrem mais acidentes”, disse Arione. “Mas este mês de janeiro em específico estou muito preocupado pois o nosso banco de sangue no Hemocentro precisa estar preparado para o feriado de Carnaval com um total mínimo de 800 até mil bolsas”, acrescenta.

“O Seconci tomou a iniciativa de promover esta ação com o intuito de divulgar e sensibilizar as empresas, trabalhadores e a comunidade em geral para a importância da doação de sangue, que é um ato que salva vidas”, explica a Assistente Social Joicy Pimenta.

Doar sangue é um processo simples no qual o doador tem o material coletado para a disponibilização do mesmo em um banco de coleta para uso subsequente em uma transfusão. “Tal iniciativa salva vidas. Além de ajudar o próximo, ser um gesto de amor, receber uma bateria de exames de forma gratuita, o voluntário de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem direito de folgar no mesmo dia da doação”, explica Arione.

O voluntário passa pela triagem hematológica, a qual se verifica os sinais vitais e hemoglobina/hematócrito. Já na triagem clínica acontece uma avaliação completada pela entrevista individual, confidencial e sigilosa. “O candidato deve estar consciente de que não deve esconder doenças que já teve ou aspectos de seu comportamento sexual. A sinceridade neste momento é fundamental” orienta Arione.

O tempo de coleta de sangue dura em torno de cinco a 15 minutos e todo o processo por volta de 30 a 40 minutos. De acordo com a legislação vigente, todas as bolsas de sangue coletadas devem ser, obrigatoriamente, submetidas a testes laboratoriais, a fim de garantir a eficácia terapêutica e a segurança da futura doação. A expectativa do Hemocentro é que em média 100 doadores participem da ação.

Para ser doador de sangue o voluntário precisa portar documento de identificação oficial com foto, além estar em boas condições de saúde e preencher os requisitos listados abaixo.

Condições básicas para doar sangue

• Estar em boas condições de saúde.

• Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos, precisam de autorização).

• Pesar no mínimo 50 kg.

• Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas).

• Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).

• Apresentar documento com foto emitido por órgão oficial

Quem não pode doar sangue?

• Pessoas que tiveram Hepatite ou Doença de Chagas;

• Pessoas com Malária ou Sífilis;

• Usuários de drogas que compartilham seringas injetáveis;

• Homens e mulheres com múltiplos(as) parceiros(as) e que mantenham relações sexuais, sem o uso de preservativo (camisinha);

• Parceiros sexuais de pessoas infectadas pelo HIV ou enfermos com AIDS;

• Pessoas com histórias prévias, recentes, de doenças sexualmente transmissíveis;

• Mulheres grávidas.

• Outros (restrições/inaptidões temporárias ou definitivas de acordo com a legislação vigente).

Intervalos para doação

• Homens – 60 dias (máximo de 04 doações nos últimos 12 meses).

• Mulheres – 90 dias (máximo de 03 doações nos últimos 12 meses).

Cuidados após doar sangue

• Permaneça no Banco de Sangue por mais 15 minutos para evitar que você se sinta mal com a doação;

• Mantenha o curativo por pelo menos 4 horas;

• Não ingerir bebidas alcoólicas;

• Não fumar por 02 horas;

• Evitar esforço físico exagerado por 12 horas, especialmente com o braço utilizado para doação;

• Beber bastante líquido;

• Se for dirigir veículo automotor ou ser transportado em motocicleta, parar imediatamente o veículo em caso de mal-estar.

6 mitos sobre doação de sangue

1 – Doar sangue dói? Nada! Só a picadinha, que é inevitável, mas nada que vai impedir de você de um gesto tão nobre, não é mesmo?

2 – Vou ficar sem sangue? Não, a quantidade retirada é pequena e a reposição é feita naturalmente pelo organismo sem alterar o equilíbrio. Ela começa a ser feita nas primeiras 24 horas após a doação.

3 – Idosos não podem doar sangue? Desde 2013, houve aumento na idade máxima dos doadores de sangue pelo Ministério da Saúde. Atualmente, pessoas entre 16 e 69 anos podem realizar o ato de doação.

4 – Quem recebe transfusão está suscetível a doenças? A partir da implementação do Teste de Ácido Nucleico (NAT), doenças como HIV, Hepatites B e C, são detectadas pelo procedimento que tem capacidade de identificar se a pessoa está contaminada mesmo que haja um curto período entre o dia de contaminação e a doação.

5 – Apenas uma pessoa é beneficiada com cada bolsa de doação? O sangue colhido é separado em vários componentes e cada paciente recebe aquela parte que seu organismo necessita. Com uma doação, você estará salvando até quatro vidas, entre vítimas de acidentes, gestantes com anemia, pacientes cirúrgicos, hemofílicos e recém-nascidos.

6 – Doar sangue engrossa ou afina o sangue? Não engrossa nem afina o sangue, é apenas um mito.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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