Jardim Botânico: planta encontrada no lago pode acabar com a biodiversidade local

Planta flutuante encontrada no lago do Jardim Botânico, em Goiânia, pode causar problemas ao ecossistema caso atinja 70% do manancial. O surgimento da grande quantidade de vegetação é investigado pela Polícia Civil (PC), como resultado de uma possível presença de esgoto clandestino.

Apesar da suspeita, uma equipe da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) esteve no local e afirma que não há qualquer prova de descarte de esgoto no local. Todavia, a equipe técnica fará uma nova vistoria para sanar qualquer dúvida. Caso identificado algum ato de crime ambiental o infrator será autuado. A multa para esse tipo de crime pode variar de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.

A superpopulação da planta da espécie macrófitas, encontrada no lago, resulta na perda da biodiversidade e o aumento das taxas de evapotranspiração, o que acelera o processo de poluição dos corpos d’água.

Porém, a AMMA assegura que uma equipe técnica acompanha e mede a qualidade da água, periodicamente, tornando possível a identificação de irregularidades. O órgão também explicou que a superpopulação da planta aquática, é um indicativo de matéria orgânica, por isso, não necessariamente, é resultado de lançamento irregular de esgoto.

“No período chuvoso as águas pluviais vão para o lago e levam matéria orgânica. Com o período de seca o volume da água diminui e esse sedimento fica mais denso”, explicou a bióloga da Amma, Wanessa Castro.

 

Nesta quinta-feira (26), dois funcionários da agência foram até o local e limparam todo o lago. Além disso, foi retirado todo o excesso das plantas, porém, foi deixado uma quantidade de vegetação para servir de uso da fauna e controle de substâncias. Durante o procedimento, também não foi identificado alterações que indicassem a poluição e nem a morte de peixes.

Funcionário da AMMA realizando a limpeza no lago. (Foto: Divulgação AMMA)

O caso segue investigado pela Polícia Civil.

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Início do Verão: O que esperar nas previsões climáticas?

O verão no Hemisfério Sul iniciou neste sábado, 21, às 6h20 (horário de Brasília), trazendo mudanças rápidas nas condições do tempo. Caracterizado por chuvas intensas e ventos fortes, este período também marca os dias mais longos e temperaturas elevadas em todo o país.

Segundo o Prognóstico Climático de Verão divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña terá uma duração mais curta nesta estação. A probabilidade de prevalecimento dessas condições é de 60% entre janeiro e março, caindo progressivamente para 40% entre fevereiro e abril de 2025. A meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho, explica que as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país.

Regiões afetadas pelas previsões

A região Norte é uma exceção, com previsão de chuvas acima da média. No Nordeste, o total de chuvas entre janeiro e março deverá ser menor. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas devem ficar entre o normal e abaixo da média. “Mesmo com a previsão de chuvas abaixo da média, no noroeste do Nordeste podem ocorrer chuvas mais volumosas em alguns períodos”, pondera Maytê Coutinho.

Na região Sul, onde os volumes de chuvas são naturalmente menores nesta época do ano, as chuvas devem permanecer na faixa normal ou abaixo do normal. No Rio Grande do Sul, a previsão é de chuvas no extremo sul do estado inferiores a 400 milímetros.

Condições oceânicas e zona de convergência intertropical

As águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul formam condições para a manutenção da Zona de Convergência Intertropical atuando ao norte da sua posição média climatológica. Essas condições podem impactar atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia por meio de hidrelétricas e a reposição hídrica para manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

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