Jardineiro morto durante megaoperação é enterrado no Rio: Família clama por Justiça e respostas

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Jardineiro morto durante operação no Alemão é enterrado: ‘Não merecia isso’, diz mãe

Carlos André tinha 35 anos. Morava na comunidade Quatro Bicas, na Penha, e era jardineiro no Instituto de Matemática Pura e Aplicada, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. Ele foi enterrado hoje no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte, após ser uma das vítimas da megaoperação das Forças de Segurança nos complexos da Penha e do DE nesta sexta-feira.

Parentes relatam que Carlos André tinha muitos planos interrompidos pela violência que acabou com a vida do pai de família a caminho do trabalho. A família exige respostas do estado e clama por Justiça diante da tragédia. “São muitas mães chorando, né?! Eu não pensava em passar por uma coisa dessa, não”, diz Maria de Fátima Vasconcellos, mãe de Carlos André.

“Meu filho era muito bom. Meu filho todo dia me ligava, meu filho me tomava a bênção, respeitador. E hoje tá lá… Enterrando meu filho. Meu filho mais velho, filho amado, filho querido”, acrescentou a mãe em meio à dor e perplexidade pela perda. Ela destaca o quanto Carlos André era querido e respeitado por todos.

Carlos André foi baleado nas costas e faleceu perto da estação do BRT da Penha, durante a madrugada, quando criminosos atiraram contra os agentes da polícia. A família clama por justiça e questiona se o jardineiro será apenas mais um nome nas estatísticas, sem esclarecimentos sobre sua morte. A cunhada do falecido, Larissa Gomes da Silva, expressa a dor e revolta diante da situação.

Na mesma operação que tirou a vida de Carlos André, outras quatro pessoas perderam suas vidas, e nove ficaram feridas. A violência dos confrontos entre criminosos e a Polícia Militar resultou em casas e estabelecimentos destruídos, além de um policial gravemente ferido. A situação foi estabilizada, porém com reforço na segurança para manter a ordem.

Imagens aéreas flagraram as táticas de guerrilha dos traficantes durante os tiroteios no DE, mostrando a intensidade do conflito armado na região. Vídeos compartilhados nas redes sociais ilustram o cenário de guerra vivido pelos moradores locais, com relatos de residentes que se abrigaram durante os tiros. A população clama por paz e segurança em meio à violência desencadeada pelos confrontos.

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