Jéssica Silva Gomes: A mulher que evitou o próprio feminicídio em Nova Olinda do Maranhão

Uma mulher, identificada como Jéssica Silva Gomes, de 31 anos, conseguiu evitar o próprio feminicídio ao entrar em luta corporal contra o companheiro, na cidade de Nova Olinda do Maranhão, a 260 km de São Luís. O caso aconteceu na noite dessa terça-feira (17), dentro de um depósito de bebidas, na rua Rui Barbosa.

De acordo com a Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), o autor do crime foi identificado como Renato Mendonça Silva, de 51 anos, que usou um facão para tentar tirar a vida de Jéssica. O crime teria ocorrido após uma discussão entre o casal.

Segundo as partes envolvidas no caso, Jéssica teria visto Renato acompanhado de outra mulher e iniciado a discussão a partir daí. Mais tarde, ao se encontrarem no estabelecimento onde ocorreu o crime, Renato atacou a vítima com um facão.

Jéssica segurou com a mão parte da arma e sofreu ferimentos nos pulsos e no antebraço. Ela foi levada ao Hospital Municipal da cidade para tratamento dos ferimentos. O agressor também ficou ferido com cortes na mão e rosto, sendo levado ao hospital e, posteriormente, encaminhado à delegacia para os procedimentos legais.

A polícia apreendeu o facão usado no crime, uma motocicleta Honda Biz azul e um celular. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Santa Luzia do Paruá.

O ato corajoso de Jéssica em se defender e evitar uma tragédia evidencia a importância de relatar casos de violência doméstica e buscar ajuda. A conscientização sobre os sinais de uma relação abusiva e a denúncia de agressores são passos fundamentais para prevenir novas ocorrências de feminicídio e proteger a integridade das vítimas. É crucial que a sociedade se una no combate à violência de gênero e promova a igualdade e o respeito entre homens e mulheres.

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Feira DE Preta: II Festival de Literatura Preta em São Luís celebrando a cultura afro-brasileira.

A Feira DE Preta celebra a cultura afro-brasileira e promove o II Festival de Literatura Preta em São Luís, evento que visa celebrar o afroempreendedorismo, a cultura afro-brasileira e o fortalecimento econômico sustentável das comunidades negras maranhenses. A 4ª edição da Feira DE Preta terá início em 19 de dezembro e se estenderá até o dia 21, no Ceprama. Reconhecida como parte do calendário oficial do estado desde 2018, a Feira DE Preta integra as ações do Novembro Negro e do Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.

Este ano, a feira contará com a participação de 300 artesãs que, por meio de seus produtos, exaltam a identidade ancestral e a riqueza cultural do Maranhão. Além de fomentar negócios, o evento se consolida como um espaço de discussões sobre identidade, sustentabilidade e valorização das tradições afrodescendentes. Como parte da programação, será realizado o II Festival de Literatura Preta, destacando autoras maranhenses que enaltecem a cultura local e abordam questões de identidade e pertencimento.

Entre os nomes confirmados para o festival estão importantes escritoras que carregam a essência da cultura local em suas produções. Jozemary Frazão, renomada escritora, professora e palestrante, é membro fundadora da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes e possui reconhecimento nacional e internacional em diversas academias de letras. Milanya Caminha Silva, autora e professora de Educação Infantil, estreia na literatura com uma obra inspirada na cultura vibrante de São Luís, exaltando as tradições da infância maranhense.

Maria José Lima, pedagoga e cordelista, utiliza o cordel como forma de preservar e divulgar o imaginário popular do Maranhão. Maura Luza Frazão, mestranda em Educação e ativista cultural, é uma escritora prolífica com prêmios e participações em mais de 200 antologias nacionais e internacionais. Rute Ferreira, autora do romance “Bordado em Ponto Corrente” e de quatro livros de contos, também participa do festival, valorizando a cultura afrodescendente e fortalecendo as comunidades negras do Maranhão.

A Feira DE Preta reafirma seu compromisso com a valorização da cultura afrodescendente, promovendo arte, literatura e debates que fortalecem as comunidades negras do Maranhão. Ao conectar empreendedorismo, ancestralidade e expressão artística, o evento destaca-se como uma plataforma de visibilidade para a cultura afro-brasileira e um marco no calendário cultural do estado. Com a realização do II Festival de Literatura Preta, a feira oferece uma oportunidade única para diálogos literários e o destaque de autoras que enaltecem a cultura local.

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