Audiência de Jimmy Kimmel dispara: episódio registra 58 vezes mais visualizações do que o comum
Nos últimos 6 meses, a média de visualizações de um vídeo do canal foi de 240 mil, enquanto o episódio de terça já reúne mais de 14 milhões de visualizações.
1 de 1 Jimmy Kimmel em 1º programa após suspensão — Foto: Reprodução/Youtube
Jimmy Kimmel em 1º programa após suspensão — Foto: Reprodução/Youtube
A audiência do programa de Jimmy Kimmel no YouTube está bem mais alta do que costuma ser. Após ficar suspenso por uma semana, o programa voltou nesta terça-feira (23), e o episódio já superou a audiência habitual do canal, conforme mostrou uma reportagem da CNN americana.
Nos últimos 6 meses, a média de visualizações de um vídeo do canal foi de 240 mil, enquanto o episódio de terça já reúne mais de 14 milhões de visualizações — até a última atualização deste texto. É quase 58 vezes a mais do que a média.
No episódio que viralizou, Jimmy fala sobre a polêmica que levou à suspensão de seu programa. “Eu não acho que o que vou dizer vai fazer muita diferença. Se você gosta de mim, você gosta. Se não, não gosta. Eu não tenho a ilusão de mudar a opinião de alguém. Mas eu quero deixar algo claro porque é importante para mim como ser humano. E isso é: vocês entendem que nunca foi a minha intenção de fazer piada sobre o assassinato de um jovem”, afirmou o apresentador.
Kimmel também afirmou que não culpabilizava nenhum grupo específico pelo ato. “Esse realmente foi o oposto do que eu estava tentando dizer”, continuou. “Mas entendo que, para alguns, isso não tenha ficado claro ou pareceu limitado. Ou as duas coisas”.
“E para aqueles que acham que apontei, sim, o dedo, eu entendo porque vocês ficaram chateados”, disse. “Se a situação fosse contrária, tem grandes chances de que eu sentiria o mesmo”, disse Jimmy. “Eu não acho que o assassino do Charlie Kirk representa alguém. Ele é uma pessoa doente que acredita que violência é uma solução. E nunca é”.
Apesar da retratação, Kimmel não deixou de abordar o cancelamento do programa de forma crítica. “Esse programa não é importante. O importante é que vivemos em um país em que esse show pode existir”.
No início do programa, Kimmel ainda mandou uma indireta para Donald Trump: “Eu não sei quem teve as 48 horas mais malucas, eu ou o CEO da Tylenol”.
Na segunda (22), o presidente americano noticiou que o governo dos Estados Unidos deve fazer um anúncio no qual afirmará que existe uma relação entre o uso de paracetamol em mulheres grávidas e autismo em crianças.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou a retomada do programa em suas redes sociais antes da exibição. “Não acredito que a ABC Fake News devolveu o emprego ao Jimmy Kimmel. A Casa Branca foi informada pela ABC de que o programa dele tinha sido cancelado! Algo aconteceu entre então e agora, porque a audiência dele SUMIU, e seu ‘talento’ nunca existiu”, afirmou.
A SUSPENSÃO
A rede americana ABC havia tirado do ar o programa “Jimmy Kimmel Live!” por tempo indeterminado após o apresentador fazer comentários sobre o acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk. O talk-show tem grande audiência nos Estados Unidos.
Em um monólogo na segunda-feira (15), Kimmel sugeriu que o acusado, Tyler Robinson, seria um republicano pró-Trump.
“A turma do MAGA está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles e fazendo de tudo para tirar proveito político disso”, disse, segundo a imprensa americana. “Entre uma acusação e outra, também houve luto”.
Charlie Kirk foi assassinado durante um evento na Universidade Utah Valley no início deste mês. Ele se apresentava como conservador, alinhado ao movimento Make America Great Again (MAGA) e era considerado um aliado do presidente Donald Trump. Tyler Robinson foi preso na sexta (12) e indiciado por homicídio qualificado.
O caso ganhou forte repercussão nos Estados Unidos, levando a uma discussão sobre censura e liberdade de expressão na era Trump.
Em 1º programa após suspensão, Jimmy Kimmel diz que não tinha intenção de ‘fazer piada’ co.