João de Deus é transferido para UTI, em Brasília

O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Sírio Libanês, no Distrito Federal, na tarde deste sábado, 24. Ele passou mal na sexta-feira, 23, em Anápolis, e, depois de ser atendido no hospital da cidade, foi levado para Brasília.

João de Deus chegou ao Distrito Federal consciente, sentindo fadiga e dor na região do tórax. Apesar do quadro clínico ser considerado de alto risco, o estado dele é estável. O médium deve permanecer na UTI para receber medicação que pode ser ministrada apenas em hospitais, já que os sintomas sentidos por ele são provocados por um problema circulatório.

João de Deus foi condenado por abusar sexualmente de mulheres durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. A sentença, que soma mais de 60 anos de prisão, também diz respeito a posse ilegal de arma de fogo.

Ele ficou preso entre dezembro de 2018 e março de 2020, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Porém, foi solto em março deste ano para cumprir a pena em regime domiciliar pelo alto risco de contágio da covid-19 no presídio.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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