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Joesley Batista diz à PF que não há relação entre delação e operações na bolsa

Última atualização 09/08/2017 | 15:41

O dono da JBS, Joesley Batista, chegou às 9h15 para depor na sede da Polícia Federal em São Paulo nesta quarta-feira (9). Ele prestou depoimento em investigação sobre a venda de ações da empresa após acordo de delação premiada. Joesley deixou o local às 12h42 sem falar com a imprensa após cerca de três horas de depoimento. O advogado dele também não concedeu entrevista.

O advogado dele, Pierpaolo Bottini, disse que o cliente respondeu a todas as perguntas e explicou que não há relação entre a delação premiada e as operações feitas pelas empresas nos últimos meses.

Segundo investigação do Ministério Público Federal, os controladores da JBS, organizados por meio da FB Participações, podem ter evitado uma perda de R$ 138 milhões com a venda de ações às vésperas de os executivos da empresa assinarem acordo de delação premiada.

O irmão de Joesley, Wesley Batista, tem depoimento marcado às 14h, sobre o mesmo processo.

A JBS foi alvo de busca e apreensão na Operação Tendão de Aquiles, que investiga uso de informação privilegiada por parte das companhias.

Acordo de delação

O acordo de delação dos executivos da JBS foi firmado em 3 de maio. Entre 24 e 27 de abril – dias antes, portanto – a JBS comprou cerca de 19,8 milhões de ações da própria empresa, segundo as investigações. Desse total, 7,2 milhões foram vendidas pela FB Participações – empresa que reúne os negócios da família Batista. A operação é considerada atípica.

Desde que a delação foi divulgada, as ações da JBS chegaram a perder quase 40% do seu valor. A empresa informou que “todas as operações de compra e venda de moedas, ações e títulos realizadas pela J&F, suas subsidiárias e seus controladores seguem as leis que regulamentam tais transações”.

As informações são do Portal G1