Joesley chama Temer de ‘ladrão geral da República’

O empresário Joesley Batista, da JBS, chamou o presidente Michel Temer de “ladrão geral da República” em resposta à nota divulgada na noite desta sexta-feira (1) pelo Palácio do Planalto.

Segundo Joesley, cuja delação premiada serviu de base para que a Procuradoria-Geral da República apresentasse a primeira denúncia contra Temer, a colaboração com a Justiça “é por lei um direito” que o mandatário “tem por dever respeitar”.

“Atacar os colaboradores mostra no mínimo a incapacidade do senhor Michel Temer de oferecer a defesa dos crimes que comete.

Michel, que se torna ladrão geral da República, envergonha todos nós brasileiros”, diz o texto do empresário.

Nesta sexta-feira (1), o Palácio do Planalto publicou uma nota afirmando que Joesley era o grampeador-geral da República. O texto, redigido por conta das notícias de que Temer será alvo de uma segunda denúncia, critica o fato de a JBS ter apresentado novos documentos e gravações no acordo de delação feito com o Ministério Público Federal (MPF).

“Outro agravante é o fato de o grampeador-geral da República ter omitido o produto de suas incursões clandestinas do Ministério Público. No seu gravador, vários outros grampos foram escondidos e apagados. Joesley mentiu, omitiu e continua tendo o perdão eterno do procurador-geral. Prêmio igual ou semelhante será dado a um criminoso ainda mais notório e perigoso como Lúcio Funaro?”, diz a nota do Planalto.

Temer também criticou o procurador-geral, Rodrigo Janot, e questionou a veracidade das informações repassadas por Funaro à PGR e os prováveis benefícios que ele obterá com a delação.

Segundo a nota, há um ano, a Ministério Público Federal considerava Funaro um criminoso, sem credibilidade e, agora, o doleiro passou a ter credibilidade. “Qual mágica teria feito essa pessoa, que traiu a confiança da Justiça e do Ministério Público, ganhar agora credibilidade?”

As informações são da agência ANSA

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp