Jogadora de futsal é assassinada em SC após confronto por assédio: Polícia investiga o caso na cidade de Chapecó

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Jogadora de futsal é morta a tiros em SC após confrontar homem por suposto
assédio, diz polícia

Patrícia Ribeiro, de 21 anos, estava de carro com amigos quando foram abordados
por indivíduos em outro veículo – um deles sacou uma arma após discussão e
atirou.

Patrícia Ribeiro, jogadora de futsal, assassinada em Chapecó — Foto:
Reprodução/Instagram

A jogadora de futsal Patrícia Ribeiro, de 21 anos, foi assassinada a tiros na
madrugada deste sábado (7) em Chapecó, maior cidade do Oeste
de Santa Catarina, após discussão com um homem motivada por um suposto
episódio de assédio contra uma amiga. “Esse foi
possivelmente o motivo do conflito”, disse em nota o delegado Rodrigo Moura,
sobre a investigação.

O suspeito do crime não foi localizado até a última atualização desta
reportagem. Patrícia é da cidade vizinha de Concórdia e joga futsal na
Associação Concordiense de Futsal Feminino (ACOFF). Ela estava em Chapecó
confraternizando com amigos quando foi morta.

A nota da Polícia Civil narra que Patrícia e outros três amigos estavam em um
veículo e pararam para comprar comida em um estabelecimento na Avenida Getúlio
Vargas. Em seguida, outro carro parou ao lado e começaram provocações,
resultando em desentendimento.

“Neste momento, um dos ocupantes do outro veículo teria desembarcado para
confrontar a vítima na via pública, momento em que sacou uma arma de fogo e
efetuou vários disparos, atingindo a mulher aparentemente três vezes”, descreve
a polícia.

Em seguida, os dois fugiram rapidamente enquanto Patrícia corria na via buscando
socorro, mas não resistiu, morrendo instantes depois. Ela foi atingida por três
tiros nas regiões lombar, cervical e axilar.

O Corpo de Bombeiros Militar informou que ela foi encontrada em parada
cardiorrespiratória, com procedimentos de reanimação cardiopulmonar sendo
realizados.

O caso inicialmente não é tratado como feminicídio, mas sim como homicídio
qualificado, pela Delegacia de Homicídios de Chapecó.

HOMENAGEM

Nas redes sociais, a Associação Concordiense de Futsal Feminino (ACOFF) publicou
nota lamentando a morte de Patrícia.

Com profundo pesar, lamentamos o falecimento de nossa ex atleta Patrícia
Ribeiro.
Descanse em paz, Pati.
Nossa multicampeã, que ganhou tudo no futsal e no futebol feminino; quantas
alegrias vivemos. Que papai do céu possa confortar o coração dos amigos e
familiares.

Quais as diferenças entre o homicídio culposo e doloso?

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A morte da jogadora de futsal Patrícia Ribeiro chocou a cidade de Chapecó, em
Santa Catarina, e levantou questões sobre a segurança nas ruas e o aumento da
violência. O caso serve como alerta para a importância da prevenção e do
combate eficaz à violência, principalmente contra as mulheres. É fundamental
que a investigação seja conduzida de forma ágil e transparente, visando
garantir que a justiça seja feita e os responsáveis sejam responsabilizados
pelo crime hediondo.

A Associação Concordiense de Futsal Feminino prestou uma emocionada homenagem
a Patrícia Ribeiro, destacando suas conquistas e o legado deixado no esporte.
O apoio da comunidade esportiva e a comoção popular demonstram a importância
do papel do esporte na vida das pessoas, além de ressaltar a união e a
solidariedade em momentos difíceis. É essencial que casos como esse não se
repitam e que medidas efetivas sejam tomadas para garantir a segurança de
todas as pessoas, independentemente de gênero, raça, ou condição social.

A violência contra a mulher é uma triste realidade em nosso país, que precisa
ser urgentemente enfrentada e combatida. Políticas públicas eficazes, campanhas
de conscientização e um sistema de proteção mais eficiente são fundamentais
para prevenir novos casos de feminicídio e violência de gênero. A sociedade
como um todo deve se unir no combate a essas práticas criminosas e na defesa
dos direitos das mulheres, garantindo-lhes o direito fundamental à vida e à
integridade física e psicológica.

A morte de Patrícia Ribeiro representa mais uma grave violação dos direitos
humanos em um cenário de violência crescente no Brasil, que atinge
principalmente as mulheres. É preciso que a justiça seja feita e que as
investigações sejam conduzidas de forma rigorosa e imparcial, visando
identificar e punir os culpados pelo assassinato da jogadora de futsal. A
sociedade civil, os órgãos de segurança pública e as autoridades competentes
devem atuar em conjunto para garantir a punição dos responsáveis e a
prevenção de novos casos semelhantes, protegendo assim a vida e a dignidade de
todas as pessoas.

O legado de Patrícia Ribeiro como atleta e como pessoa deve ser lembrado e
homenageado, ressaltando sua dedicação ao esporte e seu exemplo de superação e
garra. Sua tragédia serve como alerta para a violência que assola nossa
sociedade e para a urgente necessidade de políticas de segurança mais eficazes
e de uma cultura de respeito e igualdade de gênero. Que sua memória inspire
ações concretas e transformadoras em prol de um futuro mais justo e seguro
para todas as mulheres do país.

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