Jogadora de vôlei é baleada na Tijuca: Violência no Rio de Janeiro escancarada

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Na noite de domingo, Júlia Azevedo, jogadora de vôlei do Tijuca Tênis Clube, viveu momentos de terror ao ser baleada nas costas durante um ataque ao carro de sua família, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. A violência abrupta e sem aviso prévio deixou a atleta ferida, com um tiro que atravessou o porta-malas do veículo e a atingiu a centímetros de órgãos vitais. A situação chocante só foi percebida por Júlia quando ela chegou em casa e sentiu uma dor intensa, semelhante a um soco na coluna.

O ataque ocorreu quando o pai de Júlia a levava para casa após uma visita à avó. Em um cruzamento das ruas Conde de Bonfim com Henry Ford, um carro preto emparelhou com o veículo da família e os criminosos abriram fogo sem anunciar um assalto. A rápida abordagem não deu margem para reação, resultando em três tiros disparados à queima-roupa, sendo um deles atingindo a jovem atleta. Mesmo ferida, Júlia não percebeu imediatamente o ferimento devido à adrenalina do momento.

Após o ataque, a família de Júlia conseguiu fugir e a levou para casa, onde finalmente perceberam o tiro que atingiu a jogadora. Levada ao Hospital Badim e posteriormente ao Hospital Municipal Souza Aguiar, os exames revelaram que o disparo transfixou seu corpo sem acertar órgãos vitais. Surpreendentemente, Júlia recebeu alta horas depois, com apenas um curativo no local do ferimento. A dinâmica rápida e violenta do ataque deixou a vítima com a sensação de que os criminosos estavam agindo de forma descontrolada e com intenção de matar.

A ocorrência foi registrada como tentativa de assalto pela 19ª DP (Tijuca), que investiga o caso e procura por câmeras de segurança que possam ter registrado o veículo dos suspeitos. Até o momento, não há informações sobre a identificação dos criminosos. Júlia, por sua vez, terá que se afastar dos treinos por algumas semanas para sua recuperação, mas afirma não ter desenvolvido medo de sair às ruas.

Apesar do incidente traumático, a jogadora mostra resiliência e determinação para seguir em frente. Ela considera o ocorrido como um livramento e não pretende deixar que o medo a impeça de viver sua vida. No fim do dia que começou comum e culminou em tiros, Júlia reconhece a gravidade do risco que correu e a sorte que a manteve viva. A experiência marcante evidencia a realidade da violência no Rio de Janeiro e ressalta a necessidade de medidas eficazes para garantir a segurança da população.

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