Jenni Hermoso, da Espanha, prestou seu depoimento no tribunal sobre o beijo forçado que recebeu durante a premiação da Copa do Mundo feminina em 2023. Na ocasião, o então presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, a beijou na boca, causando grande desconforto à jogadora. Além de Rubiales, mais três pessoas estão sendo julgadas neste caso.

Segundo Hermoso, o beijo forçado por Rubiales manchou um dos dias mais felizes de sua vida. Em suas declarações, a meio-campista enfatizou a importância de não tolerar esse tipo de comportamento em nenhum ambiente, seja social ou de trabalho. A jogadora afirmou que se sentiu desrespeitada e que não havia buscado nem esperado por tal ato.

Durante a audiência no Tribunal Nacional, Jenni Hermoso falou por mais de duas horas, esclarecendo que em nenhum momento o presidente Rubiales pediu sua permissão para beijá-la. A jogadora também revelou a pressão que sofreu para gravar um vídeo com Rubiales após o incidente, o que a fez sentir desprotegida. Ela mencionou que desde então sua vida mudou drasticamente.

O ex-presidente Luis Rubiales deve prestar seu depoimento no próximo dia 12. Ele justificou o beijo como um gesto amigável de comemoração, negando qualquer tipo de coerção. Além de Rubiales, o ex-técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, e duas ex-autoridades da federação, Ruben Rivera e Albert Luque, também estão sendo acusados de tentar coagir Hermoso. Os promotores estão solicitando dois anos e meio de prisão para os envolvidos.

A jogadora Jenni Hermoso reforçou a importância de denunciar atos como esse e de quebrar o silêncio em situações de assédio e violência. Ela enfatizou a necessidade de proteção e segurança para as vítimas, destacando que nenhum tipo de abuso deve ser tolerado. O caso continua em julgamento, com grande repercussão e debates sobre o respeito e a integridade no ambiente esportivo e além dele.