Começa hoje (20) em São Paulo a quarta edição dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens. Cerca de 800 atletas, de 20 países, com idade entre 13 e 21 anos, participam da competição, que termina no próximo sábado (25).
“Este evento tem se tornado um dos principais do calendário”, disse Edilson Alves, diretor do comitê organizador. “Nas duas últimas edições, o Brasil chegou em primeiro lugar no quadro de medalhas. É uma competição que ficamos muito satisfeitos de realizar porque talentos estão sendo mostrados pela primeira vez”, ressaltou.
Nesta edição, segundo ele, a intenção é fazer com que a delegação brasileira continue entre as melhores do mundo. “A Colômbia cresceu muito, a Argentina, o México. E isso ajuda muito a região a se desenvolver. Mas estamos bastante confiantes em que o Brasil vai manter a primeira colocação no quadro, assim como fez nas duas últimas edições”, afirmou.
O evento ocorre no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, inaugurado em maio do ano passado e localizado na Rodovia dos Imigrantes. Os atletas vão competir em 12 modalidades: atletismo, bocha, futebol de 5, futebol de 7, goalball, judô, halterofilismo, vôlei sentado, natação, tênis de mesa, basquete em cadeira de rodas e tênis em cadeira de rodas. A mascote dos jogos é Mona, uma macaca bugio, espécie encontrada em reservas de Mata Atlântica.
Outras edições
As demais edições do evento ocorreram na Venezuela (2005), Colômbia (2009) e Argentina (2013). Em 2013, na Argentina, o Brasil liderou o quadro de medalhas, com 209, sendo 102 de ouro.
Uma das atletas que vai participar desta edição é a mesa-tenista brasileira Danielle Rauen, bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Revelada no Parapan de Jovens na Argentina, onde conquistou uma prata, ela conversou com a Agência Brasil nesse domingo e disse que pretende conquistar o ouro. “Este ano, espero ser campeã. Treinei bastante”, contou. “Os jogos são uma oportunidade para os atletas mais jovens, que estão se integrando ao esporte, serem revelados”, acrescentou Danielle.
Aos cinco anos, a mesa-tenista recebeu o diagnóstico de artrite reumatoide juvenil, doença degenerativa. Segundo o perfil da medalhista no site da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, a doença provocou atrofia nas articulações, afetando principalmente as mãos, o quadril, o joelho e o ombro.
A atleta, que já participou de competições em vários países, elogiou o centro de treinamento brasileiro e a preparação para esta edição dos jogos. “Para falar a verdade, não vi nenhum [centro de treinamento] parecido ou semelhante a esse aqui [de São Paulo], que é gigantesco e tem todos os esportes. Recebemos todo o apoio e coordenação para um bom desempenho no próximo ciclo, em 2020 [Paralimpíada do Japão]. Tenho certeza de que o meu treinamento aqui nesse novo centro vai ser melhor do que foi nos últimos três anos para o Rio”, acrescentou.
A entrada nos jogos é gratuita, mas sujeita à lotação do local de competição.
Fonte: Agência Brasil