Em um vídeo publicado em suas redes sociais nesta quinta-feira, 13, Joice Hasselmann disparou uma série de ofensas à deputada Carla Zambelli (PL-SP). “Burra, biruta e bandida” foi alguns dos termos usados pela ex-deputada federal, de quem Zambelli já foi próxima. Na gravação, Hasselmann projeta a cassação da parlamentar bolsonarista.
“A figura é um personagem folclórico, risível, digna do deboche”, diz no início da gravação. “A criatura consegue protagonizar uma cena mais dantesca que a outra. O caso agora envolve o hacker [da Vaza Jato], que segundo relatos dele mesmo foi contratado para invadir urnas eletrônicas e as contas do ministro Alexandre de Moraes”, disse Hasselmann, em referência ao caso Walter Delgatti Neto.
Desprezada pelos deputados “por tamanha estupidez em forma de gente”, Hasselmann afirmou que outros congressistas não vão interferir para ajudar Zambelli em uma eventual cassação. “A moça já provou que é biruta e que é bandida, basta relembrar a cena em que a maluca saiu correndo pelo Jardins, região nobre de São Paulo, com uma arma em punho atrás de um homem, ameaçando atirar nele. E isso, depois de uma troca de xingamentos”.
Carla Zambelli, o burro de penas e a cassação pic.twitter.com/fA1ZeCRobk
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) July 13, 2023
Hasselmann também é ex-aliada de Bolsonaro, mas perdeu mais de um milhão de votos em 4 anos e não conseguiu se reeleger a deputada federal em 2022. Em 2018, foi a deputada mulher mais votada para a Câmara e teve 1.078.666 votos. No ano passado, recebeu 13.679 –número insuficiente para garantir uma vaga.
A relação de Zambelli com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está abalada, diz Hasselmann. “O caso de amor com ele acabou. Bolsonaro não quer ver Carla Zambelli nem pintada de ouro. Agora ela, com suas sucessões de idiotices, vai ter que se virar sozinha. Ela pode se sentar no sofá, estourar uma pipoca e aguardar a cassação”, finaliza.
Em depoimento à Polícia Federal, Delgatti afirmou que Zambelli lhe pediu para tentar invadir urnas eletrônicas ou, em caso de insucesso na tarefa, a conta de e-mail e o telefone do ministro do Supremo Trbunal Federal Alexandre de Moraes. Os detalhes da oitiva foram revelados pela jornalista Andreia Sadi, da GloboNews.
Segundo a emissora, também partiu de Zambelli a ideia para Delgatti incluir em um mandado falso de prisão contra o ministro a frase “publique-se, intime-se e faz o L. Assinado: Alexandre de Moraes”. O documento fraudulento foi inserido no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça e descoberto em 5 de janeiro.