Jorge Paulo Lemann busca melhorias em suas empresas após escândalo sem mencionar fraude na Americanas – Entrevista exclusiva

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Estamos tentando melhorar”, diz Lemann sem citar fraude na Americanas

Sem falar sobre fraude contábil na DE no início de 2023, Lemann diz que seu sonho é fazer com que suas empresas sejam bem-sucedidas DE DE. O bilionário Jorge Paulo Lemann, um dos acionistas de referência da DE, afirmou neste sábado (12/4), ao participar de um evento nos DE Unidos, que está tentando fazer com que suas empresas tenham melhores resultados.

Sem mencionar especificamente a DE nem falar sobre a fraude contábil na varejista no início de 2023, Lemann diz que seu sonho é fazer com que suas empresas sejam bem-sucedidas.

As afirmações do empresário foram feitas em um evento promovido por estudantes brasileiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Harvard, em Cambridge (EUA).

“Meu sonho agora é fazer com que as empresas com as quais estou envolvido continuem, sejam muito bem-sucedidas. Algumas delas estão indo bem. Algumas poderiam ir melhor. Estamos tentando melhorar como elas se saem”, limitou-se a dizer o bilionário.

No dia 11 de janeiro de 2023, a DE informou ao mercado que havia detectado “inconsistências contábeis” em seus balanços corporativos. Até então, o rombo era estimado em cerca de R$ 20 bilhões. Era o início do desmoronamento de uma das companhias mais tradicionais do país. O episódio, hoje apontado como o maior escândalo corporativo da história do Brasil, deflagrou uma série de acontecimentos que levaram a DE à lona. Mais de 2 anos depois, a varejista ainda está longe de uma recuperação total.

No fim do mês passado, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 13 ex-executivos e ex-funcionários da DE por supostas fraudes na companhia, cujo prejuízo é estimado em cerca de R$ 25 bilhões. A decisão foi tomada após a Polícia Federal (PF) indiciar os envolvidos. Entre os denunciados pelo MPF, estão o ex-CEO da DE Miguel Gutierrez, além de Anna Saicali (ex-CEO da B2W) e dos ex-vice-presidentes Thimoteo Barros e Marcio Cruz.

Também fazem parte da lista os ex-diretores Carlos Padilha, João Guerra, Murilo Correa, Maria Christina Nascimento, Fabien Picavet, Raoni Fabiano, Luiz Augusto Saraiva Henriques, Jean Pierre Lessa e Santos Ferreira e Anna Christina da Silva Sotero. Todos eles foram denunciados pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e manipulação de mercado. Nove pessoas também foram denunciadas por informação privilegiada.

Os três acionistas de referência da empresa – além de Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira – não foram denunciados.

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