Foi contundente um recente Editorial do jornal O Estado de São Paulo acerca do paraibano Hugo Motta (Republicanos), presidente da Câmara Federal. Para que o leitor tenha noção do tom empregado pelo tradicional jornal, seguem alguns trechos. O presidente da Câmara é um deputado aquém do alto cargo que ocupa na República. Sem liderança sobre os pares e a reboque de forças políticas que o excedem em habilidade e influência, o sr. Motta parece querer compensar o amadorismo com gestos claramente oportunistas. Não se trata apenas de populismo econômico. A pressa de Motta em anunciar mais uma iniciativa ´popular´ é sintoma de um problema mais amplo: sua debilidade política. Por mais boa vontade que tenha, nenhum observador sério da vida política nacional pode enxergar nele um presidente à altura da Câmara, sobretudo nestes tempos desafiadores. Hugo Motta assiste a essa erosão moral como se fosse um espectador isento, não sua autoridade maior. Enquanto Motta se ocupa em conquistar aplausos fáceis, a Câmara continua a se desmoralizar.