Um jornal britânico recentemente classificou a Polícia Militar de São Paulo como a “força policial mais perigosa do mundo”. A reportagem, publicada no domingo, 16 de fevereiro de 2025, destaca casos de violência policial que resultaram na morte de pessoas sem envolvimento criminal. Entre os episódios citados, estão a morte do menino Ryan da Silva Andrade, de 4 anos, no litoral paulista, e o caso de um homem jogado de uma ponte por um policial militar na região Sul de São Paulo.
A matéria, intitulada “Streets of Blood – Inside world’s most dangerous police force as kids shot dead, suspects thrown off bridges & cops ‘wanting murders on CV’”, traz uma entrevista com Camila Asano, diretora-executiva da Conectas Direitos Humanos. Segundo ela, houve um aumento expressivo da violência policial em São Paulo durante a gestão do governador Tarcísio de Freitas.
Camila ressalta que a letalidade policial no estado vinha em declínio até o início da atual administração, mas agora apresenta um aumento significativo. Entre janeiro e setembro de 2024, a polícia matou 496 pessoas em São Paulo, um aumento de 75% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para efeito de comparação, apenas uma pessoa foi morta pela polícia em Londres durante esse período.
A diretora da Conectas também critica a permanência do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, no cargo, apesar das denúncias de violência policial. Mais de 60 entidades denunciaram Tarcísio e Derrite à Organização dos Estados Americanos devido aos sucessivos casos de violência policial.
O governador, que inicialmente ironizava os abusos da PM, passou a repreender os casos de violência, mas manteve Derrite no cargo. Qual é sua opinião sobre a situação da Polícia Militar em São Paulo? Comente abaixo ou leia mais sobre direitos humanos e a violência policial.