Jornalista vai cobrir acidente e descobre que vítima fatal é o filho, em São Paulo

Um jornalista de Araraquara, no interior de São Paulo, foi cobrir um acidente entre carro e um caminhão na Rodovia Antônio Machado Sant´Anna (SP-255) e descobriu que a vítima fatal era seu filho. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira, 8.

Carlos Alberto Baldassari fazia uma live em sua página de notícias no Facebook e, ao se aproximar do local do acidente, descobriu que o carro envolvido era do filho, Tiago Cequeto Baldassari, de 32 anos. A transmissão precisou ser interrompida e, minutos depois, o repórter iniciou novamente confirmando que a vítima fatal era o filho dele, que o acompanhava nas apresentações dos programas do canal ”Balda News”.

Pai e filho apresentavam juntos um programa na internet. (Foto: Reprodução/Facebook)

“Vida de repórter é isso. Muitas pessoas, talvez, não vão entender o momento em que a gente está vivendo aqui na rodovia. (…). O condutor do veículo que perdeu a vida aqui: é meu filho, o Tiago, que fazia comigo todos os dias a apresentação dos programas”, lamentou o réporter.

 

Acidente

Acidente aconteceu na manhã desta quarta-feira, 8. Segundo informações, o caminhão seguia de Ribeirão Preto até Araraquara, quando bateu de frente com um veículo, próximo à entrada do Parque São Paulo, na SP-255.

À Polícia Rodoviária, o caminhoneiro relatou que seguia pela faixa adicional da pista quando o veículo teria invadido a faixa e causado o acidente. Com o pneu furado, o caminhão acabou caindo no acostamento, do lado oposto da pista.

O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local para realizar o resgate das vítimas, mas o motorista do veículo morreu na hora.

Tiago deixou a esposa, grávida de três meses, uma filha de 8 anos, os pais e a família.

Segundo acidente

O trânsito foi desviado pela polícia para uma das faixas da rodovia para preservar o local do acidente. Com a velocidade da faixa reduzida, o trânsito ficou lento no local e um motoqueiro acabou colidindo com a traseira de um caminhão de cana.

A vítima foi socorrida em estado grave pela ambulância.

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PRF defende câmeras corporais após jovem ser baleada no Rio de Janeiro

PRF Defende Câmeras Corporais Após Jovem Baleada

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Souza Oliveira, reforçou a importância do uso de câmeras corporais após uma jovem ser baleada durante uma ação policial na última terça-feira, 24.

“Sou defensor veemente da utilização de câmaras corporais porque elas defendem a atividade policial. Mas, para que esse fato não ocorra mais, para que a gente não lamente mais vítimas dessa natureza, existem passos além de só um esforço legislativo”, disse o diretor em entrevista à GloboNews.

Durante a entrevista, Antônio afirmou que o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que restringiu o uso de armas por policiais foi ‘acertado’ e que o ambiente no Rio de Janeiro é diferente, fazendo com que o órgão desenvolva um treinamento específico para atuação na região.

Segundo a PF, um inquérito foi instaurado para apurar o caso e agentes da PRF envolvidos no caso foram afastados preventivamente.

Polêmica

Em recentes eventos, a implementação de câmeras corporais tem sido uma medida crucial para garantir a integridade das ações policiais. No caso específico, a gravação feita pela câmera corporal do policial envolvido pode fornecer evidências valiosas sobre o que realmente ocorreu

A PRF argumenta que as câmeras corporais ajudam a prevenir abusos de poder e a proteger tanto os policiais quanto os cidadãos. “As câmeras corporais são uma ferramenta essencial para a segurança pública, pois permitem que as ações sejam registradas e analisadas, garantindo que todos os envolvidos sejam tratados de forma justa e respeitosa”, afirmou um representante da PRF.

O uso de câmeras corporais já mostrou resultados positivos em outros estados, como no Rio de Janeiro, onde a Polícia Militar é obrigada a gravar todas as suas ações por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) desde maio de 2022. Essas gravações têm ajudado a esclarecer disputas e a identificar desvios de conduta entre os policiais.

No entanto, também há desafios no uso dessas câmeras. Em muitos casos, as imagens não são enviadas à Justiça ou são apagadas por não terem sido salvas corretamente. Entre 2023 e 2024, a Corregedoria da PM do Rio abriu mais de 2,6 mil processos para investigar irregularidades no uso das câmeras corporais, resultando na punição de 170 policiais.

A defensora pública Rafaela Garcez, que analisou vários casos envolvendo câmeras corporais, destacou a importância dessas gravações para a justiça. “As câmeras corporais são fundamentais para garantir que os direitos humanos sejam respeitados e que os policiais sejam responsabilizados por suas ações”, disse.

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