Um grupo de cinco jornalistas foi agredido por bolsonaristas nesta sexta-feira, 06. Os profissionais faziam a cobertura da retirada de um acampamento em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. A confusão começou quando uma mulher com uma bandeira do Brasil nas costas derruba a câmera de um cinegrafista no chão. As vítimas são funcionários do jornal O Tempo e de uma rádio local.
Na sequência, um dos membros da equipe segue a mulher. Um outro repórter cinematográfico foi empurrado juntamente com o equipamento e caem no chão. Os bolsonaristas se aproveitam da situação e começam a bater nos profissionais com tapas, chutes e até com o cabo de madeira de uma bandeira.
A retirada do acampamento bolsonarista foi determinada pelo prefeito de Belo Horizonte ontem, quinta-feira, 05, após um fotógrafo do impresso local Hoje em Dia ter sido agredido e perseguido pelos revoltosos. As emissoras cujos profissionais foram coagidos, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram o ataque.
O grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e defensores de um golpe militar para contornar o resultado das eleições que tornaram Lula vitorioso nas urnas está em frente a um quartel do Exército na cidade desde 31 de outubro do ano passado. A Guarda Municipal retirou barracas, gradis banheiros químicos, um sofá e carros de som que impedia o trânsito de veículos na rua. Havia cerca de 100 pessoas no local no momento do desmonte.
Em Brasília, os apoiadores de Bolsonaro começaram a se dispersar do local antes mesmo da posse de Lula no último domingo, 1º de janeiro. Eles se decepcionaram com o discurso pacifista do ex-presidente antes de embarcar para os Estados Unidos. Jair condenou as ameaças de ataque com explosivos em Brasília para coibir a cerimônia presidencial do petista. Apesar de não ter condenado os acampamentos, ele não incentivou a retirada dos revoltosos.
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