José Eliton rebate críticas de Caiado sobre privatização da CELG D

O vice-governador José Eliton afirmou na noite de ontem, em nota e em suas redes sociais, que as críticas do senador Ronaldo Caiado à privatização da Celg Distribuição e ao Programa de Investimentos e Entrega de Obras e Benefícios revelam que o parlamentar “é contra a execução das parcerias firmadas pelos prefeitos de Goiás e a população de Goiás”. “O senador não suporta conviver com a perspectiva de que, muito em breve, esses recursos serão aplicados em obras de infraestrutura, saúde, educação e segurança pública que reforçarão ainda mais o programa de governo transformador de nossas gestões, pactuado com a população, prefeitos, parlamentares, instituições de todos os Poderes e o setor produtivo do Estado”, afirmou José Eliton.

“O senador Caiado mostra mais uma vez irresponsabilidade ao ir à tribuna do Senado para novamente tentar distorcer a realidade”, disse o vice-governador, no Twitter. “O senador deveria respeitar os prefeitos, que não são venais ou cooptaveis, ao contrário, buscam junto ao Governo de Goiás uma ação conjunta para superar suas dificuldades”, disse José Eliton. “O senador, que chegou a defender a saída de Temer do cargo, nessa semana, usando da máquina federal, em flagrante oportunismo politico, leva um ministro do presidente a um evento em Rio Verde para fazer proselitismo. Em verdade ela tenta medir outros pela sua régua”, afirmou.

Na nota, José Eliton afirma que “a insurgência de Ronaldo Caiado contra o Programa de Investimentos e Entrega de Obras e Benefícios atesta seu desrespeito aos prefeitos de Goiás, especialmente àqueles filiados aos partidos de oposição ao Governo de Goiás, entre eles os de sua legenda, o DEM, que abraçaram a proposta de parceria republicana e municipalista apresentada pelo governador Marconi Perillo”. O vice-governador prossegue observando que, “ao contrário do que diz o senador, a postura dos prefeitos de Goiás não é venal e oportunista, mas desenvolvimentista e progressista, voltada para o fortalecimento dos municípios e para o bem-estar dos cidadãos goianos”.

O vice-governador afirma ainda, na nota, que “Ronaldo Caiado mede a todos sob sua ótica política perversa, em que os critérios são sempre a conveniência e o oportunismo. Conveniência que o faz atacar o governo do presidente Michel Temer, pedindo sua renúncia, e, em seguida, abraçar ministros em visita ao Estado. Oportunismo que o faz buscar os holofotes para tentar denegrir o trabalho de quem realmente está ao lado da população de Goiás”. José Eliton diz ainda que “o ódio do senador tem como resulado a solidão política, porque a população de Goiás quer continuar avançando em prol de uma vida plena e digna, com emprego, renda e paz social”.

Críticas
As críticas do senador Ronaldo Caiado (Democratas) foram feitas durante um discurso na tribuna do Senado. Segundo o parlamentar, está em curso no Estado um forte mecanismo de pressão para que os prefeitos saiam de seus partidos para aderir ao PSDB, sob pena de não verem os recursos chegarem às suas cidades.

Para o senador, é lamentável e deprimente o mau uso do dinheiro público em favor de projetos de poder. “No ano passado assumi a tribuna várias vezes para relatar a minha preocupação com a privatização da Celg. Não por ser contra a privatização, porque acho que o Estado deve se restringir, mas porque queriam aproveitar a transação para enterrar esqueletos, esconder a má gestão e os desvios ocorridos para campanhas políticas”.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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