José Padilha admite que Lava-Jato não foi republicana e diz que Wagner Moura tem razão

José Padilha admite que Lava-Jato não foi republicana e diz que Wagner Moura tem razão

O cineasta José Padilha anda fazendo autocrítica quando o assunto é política brasileira. O foco principal da reflexão é em relação ao ‘mecanismo’ de 2018, onde se coloca Sérgio Moro como um dos heróis da Operação Lava Jato. Ele se diz decepcionado com o juiz. A informação foi revelada pelo portal Yahoo.

“Olhando friamente para a Lava-Jato, minha opinião sobre a corrupção revelada na operação não mudou. Não dá para apagar a roubalheira, até porque as pessoas fizeram acordos para devolver bilhões de reais aos cofres públicos. Não tem como negar que, desde o mensalão até o fim dos governos do PT, houve uma corrupção institucionalizada gigante”, disse Padilha.

Para ele, essa corrupção não era exclusiva do Partido dos trabalhadores, ela envolvia outros partidos, e não restam dúvidas de que o mecanismo existiu, e ainda existe.

“O que mudou, na minha opinião, é que quando vazaram as mensagens trocadas entre o Ministério Público e o Moro, ficou óbvio que a condução da Lava-Jato não foi republicana”, completou Padilha em entrevista concedida à Veja.

O diretor ainda contou que demorou para ”perceber” os problemas da visão política que defendia, mas alega ter deixado claro que quando ”aprende com fatos” muda de opinião sem problemas. Ele contou ainda que os antigos posicionamentos o afastaram de amigos próximos, como o ator e diretor Wagner Moura.

”Mas é uma burrice você criar picuinha e estresse com um amigo por divergências em torno de política. Eu dou meu braço a torcer, e digo aqui: Wagner, você tinha toda a razão sobre a Lava-Jato. Sem problema nenhum”, disse.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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