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José Padilha admite que Lava-Jato não foi republicana e diz que Wagner Moura tem razão

Última atualização 30/05/2022 | 11:46

O cineasta José Padilha anda fazendo autocrítica quando o assunto é política brasileira. O foco principal da reflexão é em relação ao ‘mecanismo’ de 2018, onde se coloca Sérgio Moro como um dos heróis da Operação Lava Jato. Ele se diz decepcionado com o juiz. A informação foi revelada pelo portal Yahoo.

“Olhando friamente para a Lava-Jato, minha opinião sobre a corrupção revelada na operação não mudou. Não dá para apagar a roubalheira, até porque as pessoas fizeram acordos para devolver bilhões de reais aos cofres públicos. Não tem como negar que, desde o mensalão até o fim dos governos do PT, houve uma corrupção institucionalizada gigante”, disse Padilha.

Para ele, essa corrupção não era exclusiva do Partido dos trabalhadores, ela envolvia outros partidos, e não restam dúvidas de que o mecanismo existiu, e ainda existe.

“O que mudou, na minha opinião, é que quando vazaram as mensagens trocadas entre o Ministério Público e o Moro, ficou óbvio que a condução da Lava-Jato não foi republicana”, completou Padilha em entrevista concedida à Veja.

O diretor ainda contou que demorou para ”perceber” os problemas da visão política que defendia, mas alega ter deixado claro que quando ”aprende com fatos” muda de opinião sem problemas. Ele contou ainda que os antigos posicionamentos o afastaram de amigos próximos, como o ator e diretor Wagner Moura.

”Mas é uma burrice você criar picuinha e estresse com um amigo por divergências em torno de política. Eu dou meu braço a torcer, e digo aqui: Wagner, você tinha toda a razão sobre a Lava-Jato. Sem problema nenhum”, disse.