Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara, recomenda voto contra denúncia de Temer
O deputado Jovair Arantes (PTB-GO), líder do partido na Câmara, recomendou ao seu partido voto em favor do parecer do deputado Paulo Abi-ackel (PSDB-MG), que apresentou relatório contrário à denúncia. O deputado disse que que a decisão é política, não jurídica.
Os primeiros partidos que encaminharam votos para a apreciação do parecer do processo contra o presidente Michel Temer se mostram divididos sobre o tema e foi anunciado o posicionamento contrário à manutenção do governo Temer pelos tucanos.
O PMDB – partido do presidente da República – e PP anunciaram encaminhamento de voto a favor do parecer produzido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que vai contra o processo produzido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o presidente Temer. Ou seja, os partidos apoiam a continuidade do governo Temer.
Por outro lado, o PSDB e o PT encaminharam voto contra o parecer. Ou seja, apoiam o processo vindo da PGR e, assim, são contra a continuidade do governo Michel Temer.
Há 487 deputados na Câmara, 392 deles registrados no plenário.
Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”
Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.
Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.