Morre segundo jovem baleado por PM em Salvador; crime foi filmado por testemunha
Haziel Martins, de 19 anos, perdeu a vida na quinta-feira (26), após passar 27 dias internado em decorrência de ferimentos causados em um crime ocorrido em Ondina, na madrugada do dia 1° de dezembro.
Haziel Martins Costa, de 19 anos, foi o segundo jovem atingido por disparos realizados pelo policial militar Marlon da Silva Oliveira, e infelizmente não resistiu, vindo a óbito após permanecer 26 dias hospitalizado. A Polícia Civil confirmou a morte do jovem.
Na madrugada do dia 1º de dezembro, Haziel estava acompanhado de Gabriel Santos Costa, de 17 anos, quando foram abordados e agredidos pelo policial militar no bairro de Ondina, episódio que foi registrado por uma testemunha. Gabriel, infelizmente, faleceu no momento, enquanto Haziel, atingido em diferentes partes do corpo, lutou pela vida até não resistir.
Até o momento, o policial militar permanece em liberdade, mesmo após prestar depoimento e alegar legítima defesa diante de uma suposta tentativa de assalto por parte dos jovens. A versão apresentada pelo agente foi corroborada por sua namorada, testemunha ocular da ação, que não teve sua identidade divulgada.
A Polícia Militar, em nota emitida no dia 4 de dezembro, anunciou o afastamento do agente das atividades de rua, recolhendo sua arma e instaurando um processo administrativo para analisar o caso. Apesar disso, o PM permanece exercendo funções internas.
O secretário de segurança pública da Bahia, Marcelo Werner, destacou a importância do processo de apuração ser realizado de forma imparcial e transparente para que os fatos sejam esclarecidos da melhor maneira possível.
O caso tem gerado grande comoção e indignação, levando a família de Gabriel a pedir a quebra de sigilo do celular do suspeito, com os familiares exigindo por justiça diante da tragédia. Marlene Santos, mãe de Gabriel, expressou sua dor e revolta, classificando o ocorrido como uma execução e clamando por respostas.
O pai do adolescente, em entrevista à TV Bahia, reforçou que o jovem não tinha envolvimento com a criminalidade e questionou a atitude do policial em tirar a vida de seu filho, enfatizando que a morte não poderia ter ocorrido, mesmo em um cenário de confronto.
O desenrolar das investigações pela Polícia Civil da Bahia e a solicitação de prisão preventiva do suspeito trazem à tona a urgência em esclarecer a motivação e a dinâmica do crime, buscando por justiça e respostas diante de um episódio que abalou a comunidade. É fundamental o acompanhamento criterioso dos órgãos responsáveis para garantir transparência e imparcialidade em todo o processo.