Jovem colocado em camburão por PMs morreu de hemorragia após levar tiros

A vítima foi abordada no Bairro Jardim Europa, e seu corpo foi encontrado no Bairro Real Conquista

No dia 11 de agosto, Henrique Alves Nogueira, de 28 anos, estava sendo transportado dentro de um camburão por agentes da Polícia Militar (PM). Cerca de 12 horas após a abordagem, encontraram o seu corpo em outro bairro de Goiânia. De acordo com o laudo, o jovem levou quatro tiros dos policiais, que foram presos preventivamente na última terça-feira, 16. O pedido foi feito pela Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH).

Os detalhes do laudo de Henrique

O laudo aponta que Henrique Alves recebeu quatro disparos de projétil dos agentes da PM. Dois deles entraram no corpo da vítima e saíram. Outro se alojou no corpo e o último não foi encontrado. Portanto, a causa oficial da morte foi choque hemorrágico em consequência de politraumatismo por meio de projétil de arma de fogo.

De acordo com o advogado da família de Henrique, o jovem sofreu uma execução. Por outro lado, os PMs responsáveis pela abordagem afirmam que a vítima morreu em um suposto confronto.

Relembre o caso do camburão

Tudo começou com uma abordagem e um camburão em Goiânia. Na versão dos agentes da PM, eles estavam dirigindo pela cidade quando abordaram um motociclista, que estava com um carona. O motociclista fugiu e o carona confrontou os policiais, resultando em um embate entre as partes.

No entanto, as câmeras de segurança contam outra história. Nas imagens, é possível ver três policiais abordando um homem em uma calçada do Setor Jardim Europa, sozinho, e levando-o para dentro do camburão. Ele não portava nenhuma mochila. Depois disso, o seu corpo foi encontrado em uma estrada no Jardim Real Conquista.

Em 14 de agosto, a PM afastou os agentes de suas funções. No dia seguinte, eles foram presos preventivamente. O caso segue em investigação.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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