Jovem com leucemia celebra ‘renascimento’ após receber medula óssea do pai;
Morador de Santos, no litoral de São Paulo, Kauã Alexandre Costa Felix passou
por 55 sessões de quimioterapia antes de receber a doação de medula do pai
Rodrigo Aparecido Felix.
Um ano após ser diagnosticado com um tipo de câncer agressivo, o jovem Kauã
Alexandre Costa Felix celebrou o ‘renascimento’ ao receber o transplante de medula óssea do pai, Rodrigo Aparecido Felix, com quem tinha 50% de compatibilidade.
Ao DE, o morador de Santos,
no litoral de São Paulo, de 22 anos, contou que chegou a realizar 55 sessões de quimioterapia ao longo da batalha contra a leucemia linfoblástica aguda (LLA).
> “Quando estava fazendo a indução da medula para o meu corpo, o sentimento era
> que estava recebendo a minha cura, uma nova chance de viver, uma nova
> esperança, um novo propósito de vida, algo inexplicável que não tem como
> mensurar”, disse Kauã em entrevista ao DE.
Kauã recebeu transplante de medula óssea do pai Rodrigo — Foto: Arquivo
Pessoal
O transplante intensificou a relação entre pai e filho, mas não foi o primeiro
gesto de Rodrigo em apoio ao jovem desde o diagnóstico da LLA.
Em 11 de outubro de 2024, o homem, que é vereador em São Vicente, raspou o
cabelo em solidariedade a Kauã e emocionou internautas ao compartilhar o momento nas redes sociais.
Quase um ano após a homenagem, Kauã recebeu a notícia da “pega da medula”, que
representa que o transplante deu certo. A informação foi dada pela equipe médica
em 7 de outubro de 2025, pouco mais de duas semanas após o transplante.
Para ele, a doação do pai representou o “renascimento mais lindo possível”. Já
Rodrigo acredita que o transplante foi o gesto mais lindo que já fez na vida.
“Estou muito feliz e contente. Nunca tinha me internado antes, quando me
internei foi para fazer o bem, salvar uma vida”, afirmou.
Ao DE, Kauã contou que o tratamento antes do transplante foi invasivo. “Passei
por quatro protocolos de quimioterapia, onde foram 55 quimioterapias. Então
tiveram internações minhas que eu quase morri, foram muito difíceis”, relembrou
o jovem.
Ele contou que foi difícil suportar os efeitos colaterais dos remédios,
principalmente as náuseas e vômitos. “Eu sentia cheiro e vomitava. As
dificuldades vêm, mas eu acho que o que ajuda a seguir é sempre o amor das
pessoas pela gente”, afirmou.
Segundo o jovem, o transplante ocorreu em 18 de setembro, mas os preparativos
começaram seis dias antes, com sessões de quimioterapia e radioterapia intensiva
e ele só teve alta uma semana após a pega da medula, no dia 7 de outubro.
No entanto, o período após o transplante exige cuidados devido à fragilidade do
organismo. Por isso, Kauã deverá ficar na capital paulista por pelo menos mais
alguns meses para seguir com acompanhamento médico.
Em meio às dificuldades, Kauã celebra cada pequena conquista. “A cada dia é
0,25% de melhora. E vai melhorando dessa forma”, afirmou, dizendo que o
transplante trouxe consequências que ele está disposto a enfrentar.




