Uma mulher de apenas 20 anos de idade, teve as mãos e os pés amputados após ser internada com infecção urinária. A jovem adoeceu em dezembro de 2022, sendo este o primeiro sinal de alerta para o que viria a seguir. Residente de Franca, em São Paulo, Gabrielle Barbosa, nunca havia ficado doente antes e, tampouco sabia ingerir um comprimido.
Quando adoeceu, foi à procura de uma médico, que lhe receitou um antibiótico. Um mês depois voltou ao hospital para fazer exames e foi notificada que estava tudo bem. No entanto, em março deste ano, foi pega de surpresa ao descobrir um quadro de infecção generalizada que resultou na amputação dos pés e mãos dela.
“Senti dor no rim no meio do trabalho e corri para o hospital, mas lá eles trataram como cólica renal. Me colocaram no soro e eu vomitava muito. Fiz exames e vimos que minha infecção tinha se espalhado. Os médicos falam hoje que ali eu já não deveria ter ido embora, mas naquele dia me mandaram para casa. Desmaiei e minha mãe chamou o Samu. Minha saturação estava baixa’, contou.
Gabrielle procurou atendimento no hospital local, porém, foi acomodada temporariamente no corredor antes de ser encaminhada para uma sala improvisada, que tentava simular uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Enquanto isso, os médicos estavam se empenhando e em estabilizar a pressão da jovem, mas infelizmente não obtiveram sucesso e informaram que buscariam uma vaga disponível no espaço adequado – o que só ocorreu na manhã do dia seguinte.
A paulista conseguiu a vaga no dia 31 de março. Segundo a jovem, durante os dias seguintes ela foi entubada, teve duas paradas cardíacas e ficou em coma induzido por quase uma semana. Ao acordar, viu que as mãos e pés estavam enfaixados. De início, os médicos demoraram um pouco para informar que iriam amputá-los, mas ela já desconfiava.
As cirurgias foram realizadas nos dias 18 e 19 de abril e, de acordo com ela, foi tudo “tranquilo”. Após receber alta, no dia 26 daquele mês, a jovem voltou para casa e, desde então, tenta se adaptar às mudanças. Em maio, publicou um vídeo compartilhando a experiência e pedindo adesão às rifas que passaria a fazer para ajudar nos gastos.
De lá para cá, já conquistou mais de 200 mil seguidores no Instagram e uma “vaquinha” organizada pela página “Razões para Acreditar”. O objetivo é arrecadar R$ 520 mil para arcar com os custos das quatro próteses. Enquanto aguarda o resultado das doações, que até o momento acumulam mais de R$ 180 mil, ela diz que “não fica triste” porque sabe que existem situações piores. A jovem apenas agradece por estar viva.