Jovem de 21 anos morre em acidente com árvore de Natal em Maricá: saiba quem era e o que aconteceu

Quem era o jovem de 21 anos que morreu enquanto trabalhava em árvore de Natal que desabou em Maricá

Vinícius dos Santos Abreu era morador de Nova Iguaçu. Jovem montava a árvore nesta segunda-feira (16) quando a estrutura desabou durante uma tempestade. Outras duas pessoas ficaram feridas.

1 de 2 Vinícius dos Santos Abreu, de 21 anos, era de Nova Iguaçu, e morreu na queda da árvore de Natal flutuante de Maricá — Foto: Adriano Marçal (primeira foto) e Reprodução redes sociais

Vinícius dos Santos Abreu, de 21 anos, era de Nova Iguaçu, e morreu na queda da árvore de Natal flutuante de Maricá — Foto: Adriano Marçal (primeira foto) e Reprodução redes sociais

Familiares de Vinícius dos Santos Abreu, de 21 anos, muito abalados, não quiseram dar entrevista, mas falaram que o jovem era uma pessoa muito alegre. Ele estava entre os trabalhadores que montavam a árvore de Natal flutuante na Lagoa de Araçatiba, em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, quando a estrutura, de 56 metros de altura, veio abaixo durante uma tempestade na tarde desta segunda-feira (16).

Vinícius era da cidade de Nova Iguaçu, chegou a servir ao quartel e, atualmente, fazia trabalhos informais. O jovem também frequentava uma igreja da Assembleia de Deus em Mesquita, no Rio. Ele se interessava por música e, nas redes sociais, aparece tocando teclado com outros instrumentistas.

Árvore de 46 metros cai na Lagoa de Araçatiba e um homem morre em Maricá

Um vídeo mostra quando os trabalhadores pularam na água para tentar escapar, mas Vinícius não conseguiu e já chegou morto ao Hospital Conde Modesto Leal (veja o vídeo acima).

Outros dois funcionários ficaram feridos e foram levados para o Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara. Um deles, segundo a Prefeitura, já recebeu alta.

Os três trabalhadores atingidos foram surpreendidos quando desciam da estrutura depois de um alerta da Defesa Civil sobre a mudança no tempo.

Árvore flutuante tinha 56 metros de altura e era uma das principais atrações do natal de Maricá — Foto: Arte g1

POLÍCIA INVESTIGA O CASO

O caso está registrado na 82ª Delegacia de Polícia. A DE informou que a perícia foi acionada e será realizada nesta terça-feira (17). Informou também que testemunhas estão sendo ouvidas para apurar os fatos.

Em nota, a Prefeitura de Maricá lamentou o ocorrido e disse que as causas do desabamento estão sendo apuradas, e disse que “assim que a Defesa Civil emitiu um alerta de chuva, às 15h45, a empresa contratada para a montagem da árvore iniciou a retirada dos funcionários”.

Ainda em nota, a Prefeitura informou que está prestando assistência às vítimas e familiares.

ATRAÇÃO TRADICIONAL NA CIDADE

A árvore de Natal flutuante é uma das principais atrações turísticas do Natal Iluminado em Maricá e seria inaugurada nesta quarta-feira (18).

O espaço contaria ainda com um deck e acessibilidade para as pessoas tirarem fotos bem próximas da árvore. No local também estava programado, para quinta-feira (19), o espetáculo das Águas Dançantes.

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Mãe de Heloísa, morta em abordagem, lamenta caso de Juliana, baleada: “Mais uma e nada muda”

“Mais uma e nada muda”, diz mãe da menina Heloísa, baleada e morta há 1 ano em abordagem da PRF

Juliana Leite Rangel estava indo passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, em Niterói, quando o veículo foi alvo de disparos em Caxias, na Baixada Fluminense.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040 — Foto: Reprodução/TV Globo

A mãe da menina Heloísa, que foi morta há 1 ano em uma ação da Polícia Rodoviária Federal no Arco Metropolitano, lamentou o caso da jovem de 26 anos que foi atingida por agentes federais na noite da véspera de Natal.

Nas redes sociais, Alana Santos questionou: “Mais uma e nada muda”. Para ela, casos assim é como reviver o próprio luto – que deixou marcas profundas na família. A criança tinha apenas três anos quando foi atingida por disparos de fuzil depois que uma equipe da PRF abriu fogo contra o carro da família do feriado da Independência.

A família recebeu uma ordem de parada de agentes rodoviários e enquanto o pai dava a seta e se dirigia para o acostamento, 3 tiros foram disparados. A menina morreu dias depois, no Hospital Adão Pereira Nunes, o mesmo em que Juliana está internada.

“Ler isso é reviver tudo que passamos. Hoje passei por lá [Arco Metropolitano] nunca me controlo, sempre me emociono muito! Que crueldade novamente!”, desabafa ela.

Os policiais que abriram fogo contra o carro da família da Juliana reconheceram em depoimento que dispararam contra o carro do pai da Juliana, informou o superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada ao César Tralli.

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A equipe era formada por dois homens e uma mulher. São policiais rodoviários federais que costumam trabalhar mais em serviço administrativo e estavam fazendo patrulhamento em escala de plantão de Natal.

Os policiais usavam dois fuzis e uma pistola automática. As armas foram apreendidas para perícia.

De acordo com Almada, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

Leandro Almada disse que está investigando uma situação que teria ocorrido na mesma estrada alguns quilômetros antes, com outra patrulha da PRF.

Segundo os relatos que chegaram até o superintendente do Rio, uma equipe dava apoio a um carro quebrado no acostamento quando teria sido alvo de um atentado a tiros. Um carro teria passado atirando contra os policiais. Todos se jogaram no chão e ninguém se feriu.

Também segundo o que chegou ao superintendente, houve um alerta no rádio sobre este ataque. E a patrulha que estava mais à frente foi a que se envolveu neste episódio do carro da Juliana.

Tudo isso está sendo investigado internamente e também pela Polícia Federal.

Vitor Almada afirmou que “nada justifica o que aconteceu.” E que “a abordagem foi totalmente equivocada e fora dos padrões de treinamento.”

O superintendente disse que determinou uma investigação rigorosa. Afirma que – para que haja total independência – foi ele próprio quem pediu que a PF investigue o caso.

Vitor Almada lamentou profundamente o ocorrido, pediu desculpas à família da Juliana e coloca a PRF totalmente à disposição da família para o que for necessário.

‘Pensei que era bandido com o carro da polícia atirando em mim’, diz pai de jovem baleada

INDO PARA A CEIA DE NATAL

Juliana Leite Rangel estava indo com a família passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, em Niterói, quando o veículo foi alvo de disparos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O pai, Alexandre Rangel, de 53 anos, que dirigia o veículo, disse que quando ouviu a sirene do carro da polícia logo ligou a seta para sinalizar que ia encostar, mas os agentes já saíram do veículo atirando.

“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Por que você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre.

Juliana foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes e submetida a uma cirurgia. Segundo a prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo.

Alexandre também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na noite de terça.

NOTA DA PRF

“Na manhã desta quarta-feira (25), a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília/DF, determinou abertura de procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência da noite de ontem, na BR-040, em Duque de Caxias/RJ. Os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais.

A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana.

Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso.”

NOTA DA PF

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais.

Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.

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