Jovem de 23 anos morre após ficar preso pelo pescoço em vitrô de casa em São Carlos: Consumidor de drogas e em tratamento químico.

Jovem de 23 anos perde a vida em São Carlos após ficar preso pelo pescoço em vitrô de casa. O trágico incidente ocorreu no Jardim São João Batista na terça-feira (7). Conforme informações da Polícia Civil, o rapaz era consumidor de drogas e estava passando por tratamento químico.

Um rapaz de 23 anos faleceu na terça-feira (7) em São Carlos (SP), após ficar preso pelo pescoço no vitrô da cozinha de sua residência, localizada no Jardim São João Batista. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a DE Civil está investigando a morte do jovem, que fazia uso de cocaína e estava em processo de tratamento químico.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe e a irmã do jovem saíram por volta das 8h40 para uma consulta médica e o deixaram em casa. O rapaz aparentemente estava dormindo no imóvel, com as portas trancadas e janelas com cadeado. O vitrô da cozinha estava fechado com um arame.

Ao retornarem por volta das 13h, a mãe e a irmã encontraram o jovem na cozinha com a cabeça presa no vitrô e o corpo do lado de fora. Ele estava sem sinais vitais. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito no local. O jovem já havia se trancado em casa da mesma forma em outras ocasiões, conforme relatado no boletim de ocorrência.

O Instituto de Criminalística (IC) foi acionado para realizar a perícia no local. O corpo do rapaz foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de São Carlos. O caso foi registrado como morte suspeita na delegacia seccional. O DE oferece apoio em casos de desaparecimento de pessoas, como no caso de voluntários que auxiliam nas buscas por um estudante desaparecido em uma cachoeira.

Além disso, o DE noticia também sobre um bolão de Rio Claro que quase acertou o prêmio milionário da Mega-Sena e levou R$ 62 mil, assim como um incidente em que uma motociclista foi assaltada por sete pessoas no Centro de Araraquara. Para mais informações e notícias da região, acesse o portal de notícias do DE São Carlos e Araraquara.

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Lagarto-rabo-de-espinho: flagrante raro de acasalamento na Bahia

Lagarto raro é flagrado durante acasalamento no sul da Bahia

Em Porto Seguro, fotógrafo registrou cena da espécie que é endêmica da Mata
Atlântica. Lagarto-rabo-de-espinho pode fazer até flexão para atrair a fêmea.

Por viver na copa das árvores e apresentar baixas densidades populacionais, o
lagarto-rabo-de-espinho (Strobilurus torquatus) é considerado um réptil raro de
ser encontrado.

Conseguir, portanto, observar a espécie já é difícil, agora imagina só flagrar o
momento do acasalamento desse lagarto? Foi o que aconteceu com o fotógrafo de
natureza Jaílson Souza em meados de dezembro, na RPPN da Estação Veracel, em
Porto Seguro, na Bahia. Ele estava andando pelo local e, por volta das 15h45, se
deparou com a cena.

“É uma sensação que você não consegue nem explicar, porque é uma emoção grande,
já que eu sabia que é um lagarto muito difícil de encontrar. Foi uma das cenas
mais raras que já vi e foi super especial poder capturar essa imagem e poder
mostrar para as pessoas o motivo do nosso trabalho, o motivo da conservação da
natureza, porque temos que cuidar desses animais”, conta Souza.

Endêmico da Mata Atlântica, esse lagarto costuma viver em troncos e na
copas de árvores.

De acordo com a herpetóloga Regiane Linhares Silva, o período reprodutivo da
espécie está diretamente associado à época de maior pluviosidade e de maior
temperatura, abrangendo, geralmente, estações do ano entre a primavera e o
verão, fazendo sentido a época em que o fotógrafo presenciou a cena.

“No acasalamento de lagartos da família tropiduridae, no geral, os pretendentes
são escolhidos pelo tamanho, coloração e pela exibição de comportamento de
corte. Como sinal de receptividade, as fêmeas levantam a cauda para que ocorra a
cópula. A foto apresentada ilustra o momento exato da cópula da espécie, momento
raro de ser registrado na natureza. Já que a espécie é de difícil visualização
em ambientes naturais e os registros do comportamento reprodutivo da espécie são
escassos.”, diz a pesquisadora.

Uma curiosidade, segundo Silva, é que, entre os comportamentos de corte para
atrair a fêmea, está a realização de ‘flexões’. Após a fecundação, três ovos
costumam ser postados e, quando eclodem, dão origem a miniaturas de adultos de
lagartos-de-cauda-espinhosa.

O lagarto Strobilurus torquatus é uma espécie endêmica de Mata Atlântica e
ocorre, até onde se sabe, nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas
Gerais, Bahia, Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. Pertencente à
família Tropiduridae, é um único representante do gênero Strobilurus.

Além de o lagarto-rabo-de-espinho, o réptil também é chamado de
lagarto-rabo-de-abacaxi.

Mede cerca de 10 centímetros de comprimento, sendo os machos maiores em
comparação às fêmeas. “Enquanto jovens, as espécies exibem uma coloração
diferenciada, apresentando uma tons vivos de azul, verde e preto. Em
contrapartida, quando adultos o padrão de coloração ganha tons amarelados. Além
disso, quando jovens os “espinhos da cauda” se mostram mais discretos e menos
protuberantes. Desse modo, a distinção entre jovens e adultos é perceptível, o
que facilita a determinação da fase em que cada indivíduo se encontra”, explica
a herpetóloga.

O lagarto-rabo-de-espinho se alimenta de pequenos invertebrados, consumindo de
insetos à pequenos artrópodes. Apesar disso, formigas tendem a ser a refeição
favorita deles. Como ficam na copa das árvores, consegue caçar esses animais no
tronco, sem precisas descer ao substrato.

A espécie não consta como ameaçada de extinção, de acordo com a lista da Sistema
de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade (SALVE) e com a lista da
IUCN.

“Todavia, a espécie é considerada vulnerável (VU) em Pernambuco. Uma das
principais ameaças à espécie é a fragmentação do habitat, assim como, o declínio
da qualidade do mesmo. No estado as populações são fortemente impactadas pela
expansão da agricultura, urbanização e pela especulação imobiliária”, esclarece
a pesquisadora, que ressalta que a espécie é potencial bioindicadora de boa
qualidade ambiental.

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