Jovem deixa cães amarrados, sem água e comida em Pires do Rio

Dois cães vira-lata foram resgatados pela Polícia Militar (PM) de uma casa no Bairro São Francisco, em Pires do Rio, Sudeste de Goiás. De acordo com os agentes, as cadelas sofriam maus-tratos diariamente, estavam sem água e comida, uma delas estava doente e outra amarrada em meio às fezes.

O tutor dos animais, Hugo Leonardo Gonçalves de Almeida, de 18 anos, foi preso pelos maus-tratos no último domingo, 15, mas foi liberado logo em seguida. A PM chegou até a residência por meio de denúncias anônimas. Um vizinho, inclusive, teria flagrado o adolescente agredindo uma das cadelas com um cabo de vassoura no dia em que foi detido.

Ao chegar na casa do jovem, os agentes se depararam com um cão no alpendre da casa, latindo e chorando, aparentemente sem movimentos das penas. Enquanto a outra cachorra, de cor caramelo, estava amarrada com uma corda, nos fundos da casa, sem alimento e água.

A mãe do jovem, que presenciou o resgate, informou à PM que uma das cachorras estava amarrada para não agredir e nem se contaminar com a doença do outro animal. No registro consta que ele agrediu uma das cachorra apenas por estar com raiva, visto que o “animal passou à noite chorando e prejudicou o meu sono”.

Hugo ainda pode responder por maus-tratos. Caso seja condenado, poderá pegar uma pena de até 5 anos de prisão. Os cães foram encaminhados à uma Organização Não Governamental (ONG).

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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