Diário do Estado: Jovem é detido em Divinópolis por usar drone para gravar moradores em momentos íntimos
Após denúncia das vítimas, a polícia localizou um drone que estava sendo usado para gravar moradores em situações sensíveis, como idas ao banheiro e trocas de roupas. O operador do aparelho confessou que subia o equipamento com o intuito de registrar esses momentos. Em seu celular, foram encontrados vídeos e fotografias aéreas com cenas de várias pessoas.
Um jovem de 22 anos foi detido em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, suspeito de violar a intimidade sexual de moradores que foram flagrados pelo drone em situações íntimas. Apesar da detenção, ele foi liberado logo em seguida.
Duas vítimas procuraram a delegacia para denunciar que um drone sobrevoava a região do bairro Chanadour em baixa altitude, desrespeitando a distância mínima de segurança de pessoas e construções. Segundo relatos, o aparelho estava capturando imagens privadas dos moradores.
Após as denúncias, a Polícia Militar identificou outras dez pessoas que também foram filmadas em momentos reservados. Durante as buscas, o drone foi localizado no telhado de uma casa na Rua João Adelino Pires, no bairro Belvedere II, logo após pousar.
Apesar de inicialmente negar a operação do drone, o jovem acabou confessando. No celular dele, foram encontrados mais registros sensíveis das pessoas filmadas. Ele foi detido sob suspeita de fazer registros não autorizados de intimidade sexual durante a madrugada de terça-feira. O drone e o celular foram apreendidos.
O rapaz não foi autuado em flagrante, pois a infração cometida foi considerada de menor potencial ofensivo. Ele foi liberado, mas um inquérito preliminar foi instaurado pela Polícia Civil para reunir informações que possam justificar a abertura de um inquérito policial completo. As vítimas que registraram boletim de ocorrência serão ouvidas pela autoridade.
O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Divinópolis. A utilização indevida de drones para capturar imagens íntimas levanta questões sobre a segurança e a privacidade dos moradores da região. Medidas mais rígidas podem ser necessárias para coibir esse tipo de prática invasiva.