Jovem do DF diagnosticado com síndrome que causa necrose na região genital já tem data para cirurgia
Renato de Sá visitava a capital, após um ano no exterior, quando descobriu a Síndrome de Fournier. Campanha de doações reuniu R$ 35 mil e possibilitou o procedimento que será realizado em agosto.
Renato de Sá anuncia a data em que fará a cirurgia, no DF
O jovem de Brasília, que foi diagnosticado com Síndrome de Fournier em janeiro deste ano, anunciou em suas redes sociais que vai, finalmente, fazer a cirurgia para reconstrução do trânsito do trato intestinal e retirada da bolsa de colostomia (veja vídeo acima).
Renato de Sá, de 30 anos, contou com uma campanha de doações, que reuniu R$ 35 mil. Ele será operado no dia 13 de agosto. Ao DE, ele disse que está animado com a notícia.
A cirurgia está disponível na rede pública, mas a fila de espera é grande. Segundo Renato, a estimativa oficial é de uma demora de até três anos.
No hospital particular, não há fila – mas o custo da cirurgia é alto em razão da complexidade. “Tem chance de precisar de internação em UTI, bolsa de sangue, mais materiais, caso ocorra algum imprevisto. Então, o gasto inicial é de R$ 35 mil”, explicou Renato.
Renato conseguiu marcar o procedimento com mais rapidez depois de fazer uma campanha, através de suas redes sociais, para arrecadar doações.
Em menos de 15 horas, a gente bateu [a meta], foi bem impressionante. Eu não conseguia parar de chorar, porque na minha cabeça essa cirurgia ia demorar dois anos. E vou poder fazer mês que vem”, comemorou em um vídeo nas redes sociais.
A Síndrome de Fournier é uma infecção rara e grave que atinge a região genital e acomete especialmente os homens. É uma doença causada por bactérias que penetram os tecidos moles do períneo (região entre o pênis e o ânus), provocando necrose (morte) desses tecidos.
As principais causas de contaminação são: traumas na região; pacientes portadores de diabetes mellitus; pacientes imunossuprimidos; falta de higiene íntima; infecção urinária; picada de inseto na região; presença de sondas urinárias na bexiga.
O diagnóstico da Síndrome de Fournier é feito por meio de exame físico/clínico e complementado por exames laboratoriais, como exames de sangue e culturas de tecido (realizado com uma amostra para detectar a presença de bactérias), além de exames de imagem como ultrassom, tomografia ou ressonância. O tratamento é feito utilizando antibióticos, cirurgia e cuidados intensivos.