Jovem do meme ‘‘Valeu Natalina’’ processa humorista Diogo Defante e pede indenização

Um vídeo publicado, em 2019, no canal de Youtube do humorista Diogo Defante surgiu um meme que marcou as comemorações de Natal daquele ano. Após Defante viralizar com o meme “Valeu, Natalina”, a família do menino que deu origem ao bordão decidiu processá-lo por uso indevido de imagem. Segundo familiares do garoto, Diogo utilizou a imagem do menino para fins comerciais e, por isso, reivindicam os lucros obtidos com a repercussão do vídeo.

Durante o vídeo o menino aparece vendendo balas numa rua do Rio de Janeiro e o Defante aproveita a situação para brincar, usando um gorro de Papai Noel. Os dois divergem sobre a venda dos doces.  No vídeo, o comediante pede a um garoto que mandasse uma mensagem natalina. O menino se confunde e diz: “Valeu, Natalina!”, acreditando se tratar de um recado para uma pessoa com esse nome. A publicação já conta com mais de 3 milhões de visualizações.

Em 2021, durante entrevista a um podcast, Defante esclareceu que aquele conteúdo não foi monetizado. Em outra ocasião, ele presenteou as crianças com produtos eletrônicos, obtidos por meio de parcerias, e compartilhou o vídeo em seu canal.

No entanto, em maio deste ano, os advogados entraram com uma ação contra o humorista na Comarca de Duque de Caxias. O processo está em andamento, com a última atualização registrada em 3 de dezembro, ainda sem decisões tomadas até o momento.

“O bordão ‘Valeu, Natalina’ foi criado pelo jovem, que ‘sem qualquer sombra de dúvida’ levou o réu a alcançar altos patamares, ficando o bordão muito conhecido nas redes sociais, entre os artistas e personalidades. Sendo assim, está evidente que o réu, aproveitando-se da vulnerabilidade do jovem, passou a auferir grandes lucros”, dizia o trecho do texto da petição, aberta em junho deste ano.

 Na ação, os representantes legais solicitam que o “meme” não seja usado por terceiros em redes sociais com propósitos lucrativos, sob pena de multa diária de R$5.000, e ainda buscam uma indenização pelo uso indevido da imagem do autor em diferentes meios de comunicação.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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