Jovem de 19 anos é presa por prática de aborto criminoso

Uma jovem de 19 anos foi presa após realizar aborto criminoso em Caldas Novas, região Sul de Goiás. De acordo com a Polícia Civil (PC), a avó da garota, de 61 anos, também foi detida nesta terça-feira, 5. Ela e a mãe da jovem, de 37 anos, foram as responsáveis pela compra do medicamento abortivo.

Segundo a o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), a jovem foi até o Pronto Atendimento Infantil de Caldas Novas, em processo de aborto. Parte do feto já havia sido expelido antes que ela chegasse ao hospital. Na unidade, foi retirado o restante do material. Conforme os médicos, o tempo estimado da gestação era de 16 semanas, ou seja, 4 meses.

Durante o atendimento, os médico constataram que o aborto ocorreu de forma criminosa. A mulher grávida, por não desejar a criança, tomou medicação abortiva para expulsar o feto do corpo.

Segundo o GIH, a mãe e a avó da jovem aconselharam ela a não continuar com a gestação. A mãe dela comprou o medicamento abortivo em Maceió (AL) e enviou para a avó na cidade de Caldas Novas. A idosa repassou para a neta para que ela o ingerisse e praticasse o aborto.

Diante dos fatos, a jovem e a avó foram presas em flagrante pelo crime de aborto (artigo 124 do Código Penal). A punição para esse tipo de delito varia de 1 a 3 anos de reclusão. No entanto, elas foram liberadas após pagamento de fiança. O valor não foi divulgado.

Lei do aborto no Brasil

No Brasil, o aborto é permitido por lei em casos de risco à saúde da mãe, anencefalia do feto ou quando a gravidez é fruto de um estupro. Durante um evento na Paraíba, em maio deste ano, o então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou o posicionamento da gestão federal.

“O governo do presidente Bolsonaro defende a vida desde a sua concepção. Deixar claro para vocês: o nosso governo é contra o aborto. Respeitamos as exceções da lei, mas o governo do presidente Bolsonaro defende a vida de forma intransigente”, destacou o cardiologista em evento na Paraíba em maio.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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