Um jovem de 25 anos, identificado como Jeferson Leitão, foi morto a tiros durante uma abordagem policial na comunidade Barroso II, em Fortaleza. A versão da Polícia Militar é que Jeferson teria atirado contra os agentes após não responder a uma ordem de parada. No entanto, familiares do jovem alegam que ele foi vítima de violência policial, sendo atingido no peito e na perna, mesmo tendo se ajoelhado diante dos policiais.
Após ser baleado, Jeferson Leitão foi socorrido e levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), porém não resistiu aos ferimentos. A polícia informou que o indivíduo possuía antecedentes criminais por Organização Criminosa, o que teria motivado a ação dos agentes. A versão apresentada pelas autoridades é de legítima defesa, alegando que Jeferson teria voltado a disparar contra os policiais, sendo atingido durante o confronto.
O caso foi registrado no 13º Distrito Policial e gerou revolta entre os moradores da região, que realizaram uma manifestação cobrando justiça pela morte de Jeferson Leitão e o fim da violência policial. Ruas foram obstruídas e pneus queimados como forma de protesto contra a violência sofrida pelo jovem. Uma das tias de Jeferson relatou que ele se ajoelhou e pediu para não ser morto, mostrando uma versão diferente do que foi apresentado pela Polícia Militar.
A morte de Jeferson Leitão levanta questionamentos sobre a conduta policial e a forma como as abordagens são realizadas, especialmente em comunidades periféricas. A violência policial e os casos de mortes durante intervenções policiais têm sido alvo de debates e críticas por parte de organizações e movimentos sociais que buscam por uma segurança pública mais justa e menos letal. O clamor por justiça e o repúdio à violência policial marcam a trajetória de Jeferson Leitão, que se tornou mais uma vítima dessa realidade cruel enfrentada por muitos brasileiros.