Jovem é suspeita de roubar R$ 179 mil do avô para apostar no “Jogo do Tigrinho”

A Polícia Civil do Paraná prendeu uma jovem de 22 anos suspeita de roubar R$ 179 mil da conta bancária do avô para apostar no “Jogo do Tigrinho” (Fortune Tiger). A prisão ocorreu na última quarta-feira, 27, em Jussara, no noroeste paranaense. Depois dos desvios, a conta bancária do idoso ficou com apenas R$ 248.

O crime passou a ser investigado depois que o idoso desconfiou que havia algo errado quando, ao ver os extratos bancários, notou a retirada de mais de R$ 179 mil da conta. No começo do ano, ele registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) na Polícia Civil contra os furtos e uma investigação foi instaurada.

Na investigação, a polícia comprovou que no dia 18 de setembro de 2023 havia R$ 179 mil na conta da vítima. Já em 31 de outubro, o saldo diminuiu para apensar R$ 248. Os extratos bancários demostravam diversas transferências realizadas para a mesma conta, pertencente a uma mulher. Câmeras da agência foram monitoradas para encontrar possíveis suspeitos e a polícia identificou uma mulher, que realizou diversas transferências no mesmo dia.

A suspeita foi identificada como neta da vítima, que foi chamada para prestar depoimento. Ela negou ter praticado o crime e desconhecer o valor que havia sido transferido para a conta que pertencia a ela. Na investigação, a polícia apontou que a jovem usou parte do dinheiro creditado na conta bancária dela para apostar em jogos on-line.

A jovem teve a prisão preventiva decretada no mesmo dia, e permanece presa. Segundo a corporação, o dinheiro roubado pela suspeita seria utilizado para a aposentadoria do avô dela.

Investigação

O famoso “Jogo do Tigrinho” se tornou alvo de investigações da 3ª Delegacia do Departamento de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo. A operação investiga um grupo criminoso responsável por propagar os jogos on-line, que não são permitidos no país. Até o momento, mãos de 500 boletins de ocorrências foram registrados contra a pratica de divulgação dos jogos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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