Jovem escala prédio e salva criança de quatro anos, em Paris

“Quando eu o peguei nos meus braços, perguntei porque ele fez isso. Mas ele não me respondeu. Eu escalei e Deus me ajudou“

O imigrante Mamoudou Gassama, de 22 anos, virou um verdadeiro herói ao escalar um prédio para salvar uma criança de quatro anos, em Paris. O vídeo ganhou destaque mundial nas redes sociais neste fim de semana e o jovem conseguiu atenção até mesmo do presidente francês. Na gravação que circula nas redes sociais, Gassama é visto escalando em trinta segundos quatro andares na fachada do edifício, até que chega à varanda onde a criança está pendurada e impede que ela caia. As imagens são mesmo impressionantes.

O jovem que ficou conhecido como o ‘homem-aranha’ é nascido em Mali, Gassama chegou ao país em setembro de 2017 e estava com documentação irregular. Em entrevista à emissora BFMTV, o imigrante malinês afirmou que viu uma multidão na frente de um prédio olhando para o bebê pendurado e apenas pensou em salvá-lo. “Quando eu o peguei nos meus braços, perguntei porque ele fez isso. Mas ele não me respondeu. Eu escalei e Deus me ajudou“, destacou. Logo depois do resgate, Gassama e a criança foram levados para um hospital para exames de rotina.

 

 

Nesta segunda-feira (28), ele teve um encontro com o presidente Emmanuel Macron, que o prometeu regularizar sua situação no país. “É um ato excepcional, e por isso, a partir de hoje, todos seus documentos serão regularizados e vamos dar início a um processo para que você possa obter sua cidadania francesa”, afirmou o presidente. Gassama também vai trabalhar no corpo de bombeiros da cidade.

O pai da criança não estava presente no apartamento no momento do resgate e, desde então, foi detido para interrogatório no inquérito que apura o caso. Ele disse que deixou o filho sozinho por “alguns minutos” para fazer compras e ele acabou ficando preso do lado de fora da sacada. A mãe também não estava em casa. Após o incidente, a Justiça francesa retirou temporariamente a guarda do garoto da família.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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