Jovem espanhola luta pela vida após alergia grave a shake de proteínas

A vida de Marta Pérez, uma jovem de 19 anos da cidade de Ibi, na província de Alicante, na Espanha, mudou drasticamente em 28 de setembro do ano passado, assim como a de toda a sua família. Após treinar na academia com uma amiga e consumir um shake de proteínas contendo pistache, Marta, que é alérgica a esse fruto seco, logo começou a se sentir mal.

No entanto, sua ida ao centro de saúde local desencadeou uma série de eventos que a levaram a um estado crítico. A mãe de Marta, María Verdejo, percebeu que sua filha não estava bem quando estava retornando para casa e decidiu voltar ao centro de saúde. Lá, pouco tempo depois de chegar, Marta sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Os paramédicos conseguiram estabilizar Marta, e ela foi transferida para o Hospital Virgen de los Lirios, em Alcoy, onde foi admitida na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) em coma. Durante sua estadia neste hospital, que durou de setembro a dezembro, a família alega ter enfrentado condições de tratamento desumanas.

María Verdejo chegou a ser informada de que a vida de sua filha estava em risco. Após inúmeras lutas e recursos, Marta foi transferida para um hospital privado em Valência, onde continua seu tratamento de neurorreabilitação e mostra sinais encorajadores de progresso.

Erros

Maria acredita que negligências médicas foram um fator determinante na piora do quadro de sua filha. A primeira e mais grave delas ocorreu no centro de saúde inicial, onde Marta não deveria ter sido mandada para casa, e os protocolos para casos de choque anafilático não foram seguidos.

Marta, que já havia enfrentado alergias anteriores com sucesso, não teve a mesma sorte desta vez. Sua mãe testemunhou sua luta pela vida e, desesperada, buscou uma transferência para um hospital em Valência.

Marta continua em coma, mas sua família relata um notável progresso, embora ela ainda não possa se comunicar. No entanto, Maria Verdejo insiste que seu tratamento de neurorreabilitação precisa ser prorrogado por pelo menos um ano e meio, devido à natureza do seu caso.

A jovem de Ibi recebe permissão para visitar sua família nos finais de semana, onde continua a terapia em casa com fisioterapeutas contratados. Enquanto isso, durante a semana, ela continua com as sessões de neurorreabilitação.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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