Jovem internada após cheirar pimenta recebe alta da UTI pela segunda vez

Jovem internada após cheirar pimenta recebe alta da UTI pela segunda vez

A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, que passou mal após cheirar pimenta, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na tarde desta segunda-feira, 14. Ela estava internada desde o último dia 4 de agosto, no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER).

A notícia foi compartilhada pela mãe da jovem, Adriana Medeiros, através de uma rede social. “Graças a Deus a Thais acaba de receber alta da UTI, está indo para enfermaria nesse exato momento. Deus seja louvado!!!”, escreveu na publicação.

Adriana contou que a jovem já está no quarto e que mais uma batalha foi vencida. “Desde quarta-feira (9) , ela estava sem o ventilador para respirar. Espero que tudo corra bem daqui pra frente”, afirmou.

Thais foi internada novamente no último dia 4 de agosto, após apresentar um quadro de febre e estar com a urina avermelhada.

Relembre o caso

Thaís Medeiros de Oliveira foi internada em 17 de fevereiro após cheirar uma pimenta em conserva enquanto almoçava na casa do namorado, em Anápolis. A jovem passou mal e foi levada às pressas para a Santa Casa de Anápolis e logo transferida para Goiânia.

A trancista teve sequelas no cérebro devido a uma reação alérgica severa, a impossibilitando de andar e falar. Além disso, a jovem ficou mais de 20 das na UTI e chegou a apresentar quadro de pneumonia.

Antes do caso, a jovem já apresentava problemas de saúde respiratórios. Ela já havia sido diagnosticada com bronquite e asma, além de sofrer com crises alérgicas e ter ficado internada para tratar de uma bactéria no pulmão.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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