Internada com doença da “urina preta” recebe alta

A jovem Kelly Silva, de 27 anos, recebeu alta da unidade de terapia intensiva (UTI) nesta sexta-feira (16), depois de ficar mais de duas semanas internada em decorrência da Síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”.

Kelly começou a se sentir mal no dia 24 de junho após comer sashimis de tilápia e salmão em Goianésia. O nome do restaurante não foi divulgado. Com o agravamento dos sintomas, ela foi transferida para a UTI do Hospital Jardim América, em Goiânia.

A jovem chegou a ser intubada e passava por sessões diárias de hemodiálise, já que seus rins não estavam respondendo. Entre os sintomas da síndrome, ela apresentou perda da força muscular, dor no corpo, cor azulada nas extremidades do corpo e urina com coloração escura.

Segundo o Metrópoles, desde que o caso dela foi diagnosticado, a Prefeitura de Goianésia tem feito uma campanha para identificar novos possíveis casos da síndrome.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goianésia, a hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas.

A síndrome é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes cozidos ou crus. Entre os sintomas estão extrema rigidez muscular de forma repentina, dores no corpo, dificuldade de respirar, dormência e urina com cor de café.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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