Jovem morre por intoxicação por metanol em Osasco: investigações em andamento

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‘Era o sonho da vida dele ter uma filha.’ afirma Mariene Ferreira, mãe do jovem Daniel Ferreira, de 23 anos, que faleceu após intoxicação por metanol em Osasco, cidade da Grande São Paulo. Daniel, que era motorista de aplicativo e residia na Favela da Fazendinha, deixou uma filha de apenas 11 meses.

Daniel é o único caso confirmado de morte por metanol entre três casos suspeitos na região. A polícia e a Vigilância Sanitária recolheram 70 caixas de gin de um fornecedor que teria distribuído bebidas para bares da localidade. Além disso, o proprietário de uma adega foi preso por vender produtos vencidos.

Segundo a mãe, Daniel se sentiu mal após um churrasco com amigos. Ele foi levado ao médico, mas acabou tendo convulsões e sendo hospitalizado, onde veio a falecer. Mariene destaca que seu filho sonhava em construir uma vida melhor com sua família.

A Polícia Civil está investigando a origem das bebidas adulteradas. Há indícios de ligação entre fábricas clandestinas e revendedores que abasteciam estabelecimentos na região.

Em uma operação que investigava as mortes por metanol, foram apreendidos seis celulares em São Bernardo do Campo. As investigações buscam conexões entre uma fábrica clandestina que operava em Alvarenga e uma distribuidora no Sacomã, na Zona Sul da capital.

Os depoimentos dos envolvidos sugerem contradições em relação ao faturamento e à aquisição da empresa. A polícia encontrou galões, garrafas e rótulos falsificados na casa utilizada como fábrica clandestina, indicando um esquema de produção e comercialização ilegal de bebidas.

O Ministério da Saúde adquiriu doses de fomepizol, um antídoto para intoxicação por metanol, para distribuir aos estados onde casos suspeitos foram registrados. O protocolo padrão estabelecido determina que o medicamento seja prescrito apenas sob supervisão médica, com base nos sintomas clínicos apresentados pelos pacientes.

A destruição de 100 mil recipientes apreendidos como parte das investigações foi autorizada pela Justiça, evidenciando a gravidade do problema e a necessidade de combate à venda ilegal de bebidas adulteradas. A população deve permanecer atenta aos sintomas de intoxicação e buscar ajuda médica imediata em caso de suspeita.

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