Jovem negro denuncia Igreja por injúria racial

O músico Pedro Henrique Santos, de 22 anos, procurou a Polícia Civil para prestar queixa contra membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia do Solar Ville, a quem acusa de impedi-lo de cantar no último sábado (5) por causa do seu cabelo. O relato foi registrado no 8º Distrito Policial (DP) na última segunda (7). Pedro afirma ter sido vítima de injúria racial.

De acordo com o músico, que havia sido convidado para cantar, o veto teria partido do ancião (autoridade religiosa da Igreja Adventista do Sétimo Dia) por causa de seu cabelo que é cacheado e volumoso. A situação gerou constrangimento nos presentes e após tentativa falha da pastor de intermediar, os outros membros do quarteto desistiram da apresentação.

Segundo a advogada e presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, Maura Campos, a discriminação por raça não se dá somente pela cor da pele, mas por todas as características típicas dos negros, como o cabelo crespo.

“Foi muito errado o comportamento dele […]. Quando ele tem uma atitude dessa, ele está indo contra as leis de Deus e contra as leis dos homens. A Constituição também diz, no artigo quinto, que todos somos iguais perante a lei e que o racismo é crime” afirmou Maura.

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Minha Casa Minha Vida beneficia cidades com até 50 mil pessoas

O governo divulgou hoje, 22, as propostas selecionadas para a construção de moradias em áreas urbanas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), em cidades de até 50 mil habitantes. A lista com as propostas selecionadas foi publicada pelo Ministério das Cidades, no Diário Oficial da União.

Trata-se da primeira seleção do MCMV com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social com este perfil (FNHIS sub-50). Serão 37.295 unidades habitacionais, em 1.164 cidades, de 26 estados.

A expectativa é que cerca de 150 mil pessoas sejam beneficiadas com “moradia digna para famílias de baixa renda, residentes nos pequenos municípios brasileiros”, informou o ministério. O investimento, segundo a pasta, será de R$ 4,85 bilhões.

“O foco são municípios com população inferior ou igual a 50 mil habitantes. As moradias atendem famílias com renda bruta mensal na Faixa Urbano 1 do MCMV, correspondente a até R$ 2.850, admitindo-se o atendimento de renda enquadrada na Faixa Urbano 2 (até R$ 4.700)”, detalhou o ministério.

Entre os critérios adotados para a seleção dos projetos está o de priorizar propostas que melhor atendam à demanda habitacional e observem “requisitos técnicos de desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural, sustentabilidade, redução de vulnerabilidades e prevenção de riscos de desastres e à elevação dos padrões de habitabilidade, de segurança socioambiental e de qualidade de vida da população que será beneficiada”.

Com a divulgação das propostas selecionadas, estados e municípios terão de incluir, até 10 de dezembro, a proposta selecionada na plataforma Transferegov, programa nº 5600020240048, de forma a viabilizar a contratação pela Caixa Econômica Federal até o final do ano.

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