Jovem presa por cobrar até R$ 300 para despublicar fofocas fez posts sobre traições e dívidas: ‘destruiu pelo menos quatro famílias’, diz delegado
Suspeita de 21 anos exigia dinheiro de moradores de Conceição das Alagoas e foi presa por extorsão, difamação e injúria em operação da Polícia Civil.
Anielly Mariana Sousa Silva, de 21 anos, está sendo investigada por extorsão, injúria e difamação. A ex-dona de perfil no Instagram, que solicitava até R$ 300 para excluir fofocas, Anielly Mariana Sousa Silva, de 21 anos, realizava publicações sobre alegadas traições, dívidas e outras situações difamatórias envolvendo os moradores de Conceição das Alagoas e Uberaba, no Triângulo Mineiro. A informação é do delegado de Polícia Civil, Bruno Vinícius, encarregado do caso. Anielly foi detida preventivamente na Operação Maledicta Bocca nesta semana.
Segundo o delegado, “Ela chegou a acabar com quatro famílias, mas apenas dois destes casais procuraram a polícia e registraram boletim contra ela. Ao todo, ela possui cerca de 10 boletins de ocorrência que a acusam de crimes contra a honra”.
Os advogados Wemerson Moreira e Carlos Augusto, defensores de Anielly, foram contatados pelo Diário do Estado, porém, informaram que, por hora, não vão se pronunciar sobre o caso.
A Polícia Civil recomenda que todos os moradores da região que se sentiram lesados pelas publicações de Anielly procurem a delegacia para registrar boletim de ocorrência.
Durante os 50 dias de investigação e análise de mais de 12 mil páginas de conteúdo digital, foram reunidas provas que indicam a prática sistemática de extorsão, conforme relatado pelo delegado. A prisão preventiva de Anielly foi decretada pela 1ª Vara Criminal de Conceição das Alagoas, após pedido da Polícia Civil, como parte da Operação Maledicta Bocca. Ela foi encaminhada à Penitenciária Professor Aloísio Inácio Oliveira, em Uberaba.
A Justiça também determinou o bloqueio das contas bancárias utilizadas para receber os valores extorquidos e a suspensão da página, que permanece fora do ar por tempo indeterminado. De acordo com o delegado Bruno Vinícius, os crimes cometidos pela jovem podem resultar em penas superiores a 10 anos de prisão, podendo chegar a 12 anos caso todas as denúncias de extorsão sejam confirmadas.
A Polícia Civil salientou que as investigações prosseguem, e novos dados estão sendo examinados para que a investigada seja responsabilizada por todos os crimes que cometeu. “A internet não é e nunca será uma terra sem lei”, afirmou o delegado.