Ameaças de morte, plano de sequestro, mentiras nas redes sociais: jovem é presa
por perseguir professora e família dela, no PR
Informações são da Polícia Civil, que afirma que o ‘stalking’ vinha sendo feito há cinco meses. Suspeita tem 18 anos e responde a cinco crimes. DE tenta identificar defesa dela.
Jovem é presa por perseguir e ameaçar professora e família dela, dizem delegados
Uma jovem de 18 anos foi presa preventivamente na manhã desta terça-feira (7) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, suspeita de perseguir e ameaçar uma professora que lhe dava aulas em um colégio da cidade. As informações são dos delegados Derick Moura Jorge e Fernando Vieira, responsáveis pelo caso.
De acordo com eles, o stalking começou em maio deste ano e envolveu ameaças de morte, plano de sequestro, mentiras nas redes sociais e violência física. Os policiais afirmam que a família da vítima também foi ameaçada – incluindo a filha dela, que tem 16 anos. Saiba mais abaixo.
À polícia, a suspeita disse que cometeu os crimes porque a vítima assumiu a função de outra professora, de quem ela gostava mais, afirmam os delegados.
O nome da suspeita não foi divulgado pela corporação em respeito à lei de abuso de autoridade. O DE tenta identificar a defesa dela.
O nome do colégio em que a suspeita estudava e que a professora dá aulas também não foi revelado para proteger a identidade da vítima.
Segundo os delegados, a jovem responderá por múltiplos crimes, incluindo: perseguição qualificada (cuja pena máxima de reclusão pode chegar a 3 anos), ameaça (pena máxima de 6 meses de detenção), calúnia (pena máxima de 2 anos de detenção), difamação (pena máxima de 1 ano de detenção) e coação no curso do processo (pena máxima de 4 anos de reclusão).
As investigações apontam que a jovem vinha praticando uma perseguição sistemática e progressiva contra a vítima desde maio de 2025.
Os delegados Derick Moura Jorge e Fernando Vieira explicam que primeiro ela criou perfis falsos em redes sociais para difamar e expor a pedagoga, divulgando dados pessoais, fotografias de documentos e imagens do veículo dela.
Nas internet, ela também inventava supostas informações sobre dívidas e maus-tratos cometidos contra alunos.
A escalada da violência incluiu ameaças diretas e explícitas de morte, estendidas à filha adolescente da vítima e a familiares, com mensagens indicando que havia gente “de olho” em toda a família, apontam os delegados.
Os responsáveis pela investigação afirmam que a jovem também realizou atos de intimidação presencial, passando repetidas vezes em frente ao local de trabalho da vítima em alta velocidade de moto. A professora também relatou que a jovem chegou a empurrá-la durante uma das ameaças de morte.
“Diante da gravidade dos fatos, visando garantir a ordem pública e proteger a integridade física da vítima e de seus familiares — diante do risco concreto e iminente de que as ameaças, incluindo o plano de sequestro, fossem concretizadas — foi representado pela decretação da prisão preventiva da investigada, sendo tal pleito deferido pelo Poder Judiciário e consequentemente cumprido pela Polícia Civil”, finalizam os delegados.