Jovem recebe PIX de quase 50 mil reais por engano e devolve valor ao dono

Jovem recebe PIX de quase 50 mil reais por engano e devolve valor ao dono

Isabela Bosco mora em Nerópolis, na região metropolitana de Goiânia e se surpreendeu ao receber 48 mil reais por engano no PIX! Em entrevista ao portal de notícias G1 Goiás, a empresária de 28 anos contou como lidou com a situação.

“Para mim é super normal, pois estou devolvendo uma coisa que não é minha. Fiquei assustada, nunca me aconteceu isso”, explicou.

No momento da transferência bancária que ocorreu na última terça-feira,16, a jovem estava trabalhando quando recebeu a notificação no PIX. Ela contou ao portal que devido ao alto valor do dinheiro, teve a conta bancária bloqueada e precisou agir rápido para devolver ao dono.

“Quando eu vi o valor me assustei e tirei um print da tela para não perder as informações, já com medo de bloquearem. Cheguei em casa, tentei fazer a devolutiva do valor exorbitante, mas automaticamente bloquearam a minha conta”, disse Isabela.

Para recuperar a conta, a empresária recorreu aos canais de atendimento do banco em que a quantia foi recebida, mas só pode resolver a situação indo à agência física.

“Passei por cinco atendentes, mas não conseguiram resolver e me passaram um protocolo, e disseram que só resolveria na agência da cidade”.

Sufoco

Outra dificuldade sofrida por Isabela na busca ao dono do dinheiro foi pelo fato de a transferência ter sido feita por uma chave em CNPJ na qual não informou o nome de uma pessoa física, mas de uma razão social.

“Com o nome da razão social, eu comecei a saga de procurar na internet. Procurei no Google e no Instagram até conseguir encontrar o dono. Consegui entrar em contato informando o que tinha acontecido. No outro dia de manhã, quando eu estava sentada no banco na frente do rapaz que ia resolver a minha situação, o dono da conta me ligou e ele estava desesperado”, revelou.

Isabela ainda disse ao veículo de comunicação que a conta do remetente também havia sido bloqueada, após várias tentativas para recuperar o valor transferido de maneira errada. Através do contato com o dono, a empresária conseguiu devolver a quantia pela modalidade de transferência eletrônica (TED).

Após conseguir realizar a devolução do valor, a empresária contou que recebeu uma mensagem de agradecimento.

“Eu recebi um áudio dele me agradecendo pela devolução depois do transtorno, ele estava desesperado. Hoje em dia as pessoas tem que parabenizar os outros por fazer o mínimo do que é correto”, disse Isabela.

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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