Jovem usa ferro em brasa para tatuar número 22 de Bolsonaro na pele

Tatuagem Bolsonaro

Jovem usa ferro em brasa para tatuar número 22 de Bolsonaro na pele

Um jovem de 17 anos marcou a pele com o número 22 durante um leilão de gado no dia 12 de julho. A ideia era chamar a atenção do presidente Jair Bolsonaro. O caso ocorreu em Mirassol D´ Oeste, no Mato Grosso do Sul, em um assentamento com aproximadamente 330 famílias. O número 22 representa o partido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Aposta de esquerda

Segundo a mãe do rapaz a queimadura aconteceu devido a uma aposta entre amigos, que segundo Layane Moreira, de 36 anos, são de esquerda e teriam desafiado o jovem a fazer a ”tatuagem”.

“Guilherme estava trabalhando na equipe de manejo do gado. Meu filho tem um grupo de amigos de esquerda e ele se sentiu desafiado. E, como é um menino bem rústico e corajoso, pediu para um menino carimbá-lo. Um não aceitou, mas o outro sim e fez a marca”, detalhou à reportagem do Metrópoles.

Ela contou ainda que não concordou com a atitude do adolescente e que ficou surpresa quando ele mostrou o ferimento. De acordo com Layane, o rapaz queria muito conhecer Bolsonaro, e disse que talvez o fato pudesse viralizar e chegar no chefe do Executivo.

“Queria viralizar para conhecer o presidente. Não foi premeditado, mas ele viu como estava repercutindo nos grupos da cidade e falou: ‘deixa, quem sabe chega no Bolsonaro e me dá oportunidade de conhecer ele’. Nunca teve nem vontade de fazer tatuagem, falei para ele que era para o resto da vida”, disse ela.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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