Jovens de torcida organizada são presos suspeito de dupla tentativa de homicídio

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Dois jovens integrantes de uma torcida organizada do Goiás Esporte Clube foram presos nesta semana, suspeitos de terem atirado em rivais, no último dia 1º de junho, em uma praça no Setor Negrão de Lima, na capital.

“Estes dois jovens que agora estão presos passavam pelo local quando viram os torcedores de outro time, que já conheciam, e, então, foram em casa, buscaram um revólver, retornaram em uma moto, e efetuaram quatro disparos, que por sorte não atingiram outras pessoas que também estavam na praça”, descreveu o delegado Samuel Moura, titular do Grupo Especial de Proteção ao Torcedor (Geprot), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

As vítimas que eram alvos dos atiradores foram baleados, um deles no braço, o outro de raspão, na perna. Um deles precisou passar por cirurgia, porém já está  estável. Ao cumprirem o mandado de prisão, e de busca e apreensão, os agentes encontraram a arma usada na tentativa de homicídio, e a motocicleta que eles usaram para chegar, e fugiu do local.

Durante o depoimento, um dos detidos confessou ter sido o autor dos tiros, e afirmou que o revólver era emprestado de um conhecido. A polícia investiga a pessoa que emprestou a arma que eles usaram, quando identificado, também será indiciado por dupla tentativa de homicídio.

Segundo as investigações, vítimas e autores são conhecidos desde a infância, estudaram juntos na adolescência, no entanto, por torcerem para times diferentes, sempre brigaram. Apesar de não ter divulgado os nomes e nem a idade dos dois presos, a Polícia Civil (PC) compartilhou as imagens dos jovens à imprensa, pois acredita que ambos já possam ter cometido outros delitos. 

A PC aponta que “a divulgação da identificação dos presos foi procedida nos termos da Lei 1.869/2019, portaria n° 547/2021 – PC, e despacho da autoridade policial responsável pelas investigações, justificadas na possibilidade real de identificação de novas vítimas”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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