Jovens grávidas podem receber apoio e gratuitamente

Jovem, grávida e com frágil situação socioeconômica. As incertezas de qualquer gestante se multiplicam quando as condições não são nada favoráveis. Com a imaturidade, os problemas afetam não apenas a mulher, mas toda a sociedade. Ter um apoio emocional e assistência médica pode significar o resgate de mais de uma vida.

No “Meninas de Luz”, as jovens com esse perfil – a maioria entre 15 e 19 anos – recebem participam de palestras, recebem atendimento social e psicológico, assistência médica, odontológica e nutricional, kit de enxoval para o bebê (bolsa, um trocador, macacão manga curta sem pé, casaco com capuz, body manga curta, body manga longa, toalha de banho com capuz, manta, duas calças sem pé e dois pares de meia.), passam por oficinas de artesanato, de higiene e de beleza e ainda têm recreação.

A procura é tão grande que no ano passado, a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), que coordena o projeto, registrou uma média de 106 atendimentos por mês. Para aproximar as gestantes e seguir os protocolos de prevenção à covid, elas recebem orientações em texto e em vídeo por meio de grupos de um aplicativo de mensagens.

O programa dura de um a quatro meses. O período mais longo de atendimento está voltado para as meninas com até 28 semanas de gravides e o mais curto para as que estão mais próximas de dar à luz, a partir de 29 semanas de gestação. Quando o bebê nasce, a jovem mamãe ainda pode participar das atividades do grupo Pós-Parto até ele completar um ano de idade.

As mulheres participam do projeto em duas unidades: no Centro Social Dona Gercina Borges, em Campinas, e no Centro de Adolescentes Tecendo o Futuro, no Jardim Novo Mundo. Além dos encontros, as jovens se dirigem até os locais de atendimento para receberem cestas de alimentos compostas por frutas, verduras e legumes do Banco de Alimentos da OVG.

Atendimento

O “Meninas de Luz” está presente em Goiânia e também nos municípios de Alto Paraíso, Cavalcante, Piranhas, Posse, Orizona, Pirenópolis, Vila Boa, Caldas Novas, Porangatu, Santa Helena de Goiás e Cidade Ocidental. Para mais informações, entre em contato pelos telefones (62) 3201.9501,(62) 3201.9506 ou (62) 3201.6983

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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