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Jovens “nem-nem” seguem em queda pelo terceiro ano consecutivo em Goiás

Última atualização 17/05/2023 | 18:19

A quantidade de jovens sem estudar, sem emprego formal e sem formação profissional teve redução em Goiás nos últimos anos. Os chamados “nem-nem” no estado estão em queda desde 2020, de acordo com o Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas (IMB). No ano passado, essa população goiana teve o oitavo menor percentual do País. 

 

O grupo de pessoas que nem estudam nem trabalham é formado por pessoas entre 15 e 29 anos de idade. A média nacional é de 20,9% e o índice goiano fica em 18,3%, tornando o Brasil o vice-líder mundial nesse quesito. Apesar de aparentar falta de vontade, o fenômeno tem explicações socioeconômicas. A lista inclui dificuldade na inserção no mercado de trabalho, educação precária e dificuldade em prosseguir com os estudos. Em alguns casos, a situação é uma escolha do adolescente ou adulto.

 

Exigências do mercado, como experiência e especialização, são apontados por especialistas como os principais motivos para que os “nem-nem”  se mantenham nessa condição. O resultado são jovens com problemas de saúde mental, desempregados e excluídos socialmente. Uma estratégia para contornar a realidade são políticas públicas e ações da iniciativa privada. 

 

Os jovens goianos têm à disposição programas que incentivam a preparação para o mercado, a exemplo das bolsas Estudo e Qualificação e ainda o Programa Aprendiz do Futuro. Além disso, ações pontuais para minimizar o impacto da pandemia, especialmente em relação à evasão escolar, colaboraram na manutenção de queda dos indicadores dos “nem-nem”.

 

Retorno garantido

 

Muitas empresas já perceberam que o investimento em treinamento e desenvolvimento tem retorno garantido. Para os contratadores, esse viés garante a entrada de jovens no mercado de trabalho e ocupam vagas em funções com dificuldade de serem preenchidas. O mercado da construção civil aposta nesse recurso ao oferecerem cursos no contraturno das atividades para funcionários no primeiro emprego ou para quem mudou de segmento.

 

Nas indústrias, a demanda de 322.953 trabalhadores exige qualificação níveis superior, técnico, qualificação e aperfeiçoamento. O Sistema S ajuda a formar a mão-de-obra necessária para essas ocupações, conforme aponta o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). “O profissional qualificado de acordo com a necessidade do mundo de trabalho tem mais chances de manter o emprego e também pode conseguir uma nova oportunidade mais facilmente quando as vagas forem oferecidas”, afirma o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.