Jovens representam Goiás em encontro nacional de políticas públicas

Representantes de Goiás durante encontro nacional do Comitê de Participação de Adolescentes (CPA), em Brasília: evento promove diálogo entre adolescentes de todas as regiões do país

As representantes do Comitê de Participação de Adolescentes do Estado de Goiás (CPA-GO), Aline Ferreira, de Goiânia, e Safira Rodrigues, jovem quilombola da comunidade Kalunga Vão do Moleque, em Cavalcante, participam desde terça-feira,13, do Encontro CPA Nacional, em Brasília. Realizado até a próxima sexta-feira,16, o evento reúne cerca de 30 adolescentes das cinco regiões do Brasil para a troca de experiências. A entidade é vinculada ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente (Conanda).

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), apoia o funcionamento da CPA-GO junto ao Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA – GO) e incentiva a participação dos adolescentes na construção de políticas públicas neste campo.

Para o titular da Seds, Wellington Matos, ouvir as crianças e adolescentes é mais do que só colher opiniões, é ter acesso à sua realidade e demandas, reconhecendo-os como sujeitos de direito.

“Muitas situações de vulnerabilidade que essa faixa etária está exposta, por exemplo, podem ser prevenidas e combatidas a partir desta escuta qualificada”, avalia Matos.

Durante o encontro, será realizado um balanço das gestões de 2020 a 2022 de todos os CPA’s do país. Além disso, membros do Conanda vão promover o diálogo com os jovens, acompanhados por seus conselheiros dos respectivos estados.

O direito à participação de crianças e adolescentes em decisões da sociedade é um dos quatro grandes princípios da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança. Os estados devem assegurar à criança – que é capaz de formular seus próprios pontos de vista – o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados a ela.

Para incentivar e orientar a criação de CPAs nos estados e municípios, o Conanda publicou a cartilha ‘Dicas para Implementação de Comitês de Participação de Adolescentes’, que pode ser acessada no site.

A publicação traz informações de como integrar um CPA, sua importância, direitos e motivações para se criar o comitê, passo a passo para se fazer isso e ainda relatos e experiências de adolescentes que já integraram um CPA.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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