Jovens são mais resistente à Covid e ficam mais tempo internados, afirma Gabbardo

A maior parte dos leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI) destinados a Covid-19 são ocupados por jovens. Conforme o governo paulista, nas últimas duas semanas, depois do carnaval, o estado registrou cerca de 93 internações por dia, sendo 60% de pessoas entre 30 a 50 anos. 

“Estamos com 7.415 pessoas internadas, um acréscimo de 18,6% em relação ao pior momento. Possivelmente porque estamos atendendo e internando pessoas de faixa etária mais baixa, elas conseguem resistir mais ao vírus e por consequência ficam mais tempo internados”, disse o coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo.

Durante o anúncio que colocou o estado de São Paulo na fase vermelha do Plano São Paulo, as autoridades realizaram apelos para que a população faça o isolamento social. Conforme Gabbardo, “não existe outra alternativa”, para frear a pandemia.

“É muito triste para nós voltarmos à situação que tínhamos no pior momento da pandemia [no ano passado], onde somos obrigados a impor o fechamento de todos os serviços essenciais. A gente entende as dificuldades que setores econômicos sofrem. Mas tivemos que fazer opção pela vida”, disse Gabbardo.

O governo de São Paulo acrescentou que devido aos jovens serem geralmente mais saudáveis, eles se expõem mais e demoram mais para procurar atendimento médico, fazendo com que sejam internados em casos mais agravados. 

“Temos encontrado pacientes de forma mais grave, muitos dos quais mais jovens. O que temos visto é jovens que não apresentam sintomas tão exuberantes e, quando vão se apresentar com tosse, já têm grande comprometimento pulmonar”, declarou o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.

Foto: Reprodução

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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